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Na luta contra o coronavírus, todos os vídeos realizados para o público especial devem ter legendas e uma janela com tradutor em Libras  | Foto: Divulgação

Os cuidados com a higienização diante da pandemia que assola o mundo nos últimos dias têm sido dobrado com uma parte especial da sociedade. As pessoas portadores de qualquer tipo de deficiência. Sobretudo os deficientes auditivos, que fazem das mãos sua principal ferramenta de comunicação com o mundo exterior, realizados gestos bem próximos à boca, por exemplo. E não apenas eles, também aqueles que fazem uso delas no dia a dia como os cadeirantes e os usuários de muletas e bengalas.

Lavar bem as mãos com água e sabão ou esteriliza-las com álcool em gel são algumas das medidas preventivas. Mas, atento à questão, a Secretaria Extraordinária da Pessoa com Deficiência, órgão subordinado à Casa Civil, tem pensado numa série de diligências para ajudar a minoria.

“Trata-se de uma parcela da sociedade muito especial. Antes de qualquer vídeo sobre os cuidados sobre o coronavírus, é preciso alertá-los sobre o porquê eles têm que tomar esses cuidados”, alerta a secretária da pasta, Roseane Estrela, a Rosinha, como gosta de ser chamada, há uma semana no cargo. Ela defende que todos os vídeos realizados para esse público (veja dois exemplos abaixo) devam ter legendas e uma janela com tradutor em Libras, a Língua Brasileira dos Sinais. “Isso já é Lei no Brasil desde 2015”, alerta ela, referindo-se à norma 13.146.

Atualmente há mais de 600 mil pessoas com qualquer tipo de deficiência no Distrito Federal. A grande maioria a baixo da renda da pobreza e com grande dificuldade de locomoção, afirma Roseane Estrela, ex-deputada federal. “São pessoas que se encaixam no grupo de risco e que por isso deveriam ser dispensadas ou pelo menos atuarem em regime de teletrabalho”, sugere.

Esse, aliás, foi um dos assuntos da conversa que Roseane teve recentemente com o novo secretário de Saúde, Francisco Araújo. Na ocasião, ela aproveitou para sugerir outras propostas para o titular da pasta, entre elas, uma de caráter emergencial, em tempos de coronavírus, como a criação de um “protocolo especial de atendimento domiciliar”, para portadores de deficientes físicos.

“Vai funcionar da seguinte maneira, a pessoa suspeita entrará em contato com a gente que encaminhará uma equipe até à casa dela”, antecipa. “Estamos aguardando uma resposta da secretária para as próximas semanas para a aprovação desse procedimento”, torce.

Assista abaixo aos dois vídeos sobre cuidados com o coronavírus com intérpete de Libras, a Língua Brasileira dos Sinais:

Vídeo 1:


Vídeo 2
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Fonte: Governo DF