O trabalho do GDF Presente não para, mesmo em época de isolamento social para prevenção da contaminação pelo coronavírus. Essa semana, as equipes do programa se concentraram na retirada de entulho das cidades, uma operação que pode ser feita com o mínimo de contato entre os trabalhadores, o que evita a exposição e garante a segurança do pessoal.
Desde segunda-feira (23), o GDF Presente trabalha nas ruas de Ceilândia. O coordenador do Polo Oeste, Elton Walcacer, conta que oito caminhões caçamba, uma retroescavadeira e uma pá escavadeira são usados para a retirada de entulho na região administrativa. “Assim, só é necessário o trabalho de um motorista para cada caminhão e um operador por máquina. Assim, temos o risco mínimo de contato uns com outros”, diz.
Inicialmente, o plano da Administração Regional de Ceilândia era fazer a limpeza das quadras QNQ e QNR, mas, com o reforço das equipes com a chegada do GDF Presente, foi possível expandir a limpeza para outras partes de Ceilândia Sul e Norte. “As pessoas jogam resto de obra e móveis velhos nas áreas públicas vazias e nos canteiros centrais da cidade”, conta o diretor de Obras da administração, Sérgio Pimenta.
Em cinco dias, foram recolhidas cerca de 700 toneladas de entulho, que foram levadas para a Unidade de Recebimento de Entulhos (URE), no antigo Lixão da Estrutural. “E olha que choveu muito aqui essa semana. O recolhimento de lixo em Ceilândia é um trabalho rotineiro. Agora estamos com apoio do GDF Presente, mas temos uma equipe que faz isso todo dia”, afirma Pimenta. “Precisamos do apoio da população para manter a cidade limpa”, reivindica.
Dengue
Ronaldo Alves, coordenador do Polo Norte do programa, diz que a limpeza das cidades também é uma forma de acabar com os criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, zika e chikungunya. “Em época de coronavirus, estamos prevenindo outra doença que mata no Distrito Federal e no Brasil: a dengue”, afirma.
Desde terça-feira (24), o pessoal do Polo Norte trabalha na Fercal, de onde já foram retiradas mais de 430 toneladas.
“A Fercal tem várias áreas espalhadas de transbordo irregular de lixo. A maior parte do entulho foi retirada na comunidade do Bananal, em uma área conhecida como “Campo da Ascos”, e de um lugar chamado “curvas”, que fica no acesso entre Sobradinho II e a Fercal por uma estrada de terra que passa pela Vila Rabelo”, conta Ronaldo. “Isso sem contabilizar o lixo jogado nas ribanceiras, que a Fercal tem muito. Esse lixo a gente não consegue ver, nem infelizmente recolher”, completa.
No Itapoã, o trabalho do Polo Leste é feito de rua a rua. “Os moradores jogam entulho e inservíveis, sofás e colchões velhos, em frente as casas mesmo”, diz o coordenador do polo, Júnior Carvalho. Na região administrativa, mais de 250 toneladas foram recolhidas. O trabalho segue até este sábado (28).