Ao observar os meios de comunicação percebe-se que a maioria do tempo está sendo dedicado as notícias sobre a “guerra” no Rio de Janeiro. A união das forças de segurança está sendo fundamental para o avanço das “tropas” no Complexo do Alemão.
Para falar sobre esse tema é preciso voltarmos ao início do século XX. A libertação dos Escravos em 1888 os expulsou para os morros, pois o ócio era sinônimo de liberdade para eles, vagavam pelas ruas tomando cachaça e jogando capoeira. Em nome da “ordem pública” foram criadas “normas” para “obrigar” os pobres a ficarem longe dos “grandes centros”. Uma nova dinâmica foi criada na cidade do Rio de Janeiro e o “governo paralelo” nas favelas começou a surgir. A revolta da vacina é o primeiro reflexo desse novo “governo” e da “limpeza urbana” que estava sendo realizada em nome da “ordem governamental”. O Estado se ausentou das favelas e o jogo do bicho (“bicheiros”) começou a dar as “cartas”. As forças de segurança são desmoralizadas nas favelas e sucateadas pelos governos do Rio. Uma grande ação financiada pelo crime. Estamos falando em verdadeiras guerrilhas organizadas e apoiadas por “marginais”, muitos deles infiltrados como agentes do Estado.
Com o enfraquecimento dos “bicheiros” o tráfico é fortalecido. A ausência e omissão governamental potencializam os problemas. Não há dúvida de que o que ocorre hoje no Rio de Janeiro é algo preocupante e está relacionado a SEGURANÇA NACIONAL. O terreno é atípico e os criminosos também. É hora de unirmos forças para retomarmos o poder outrora perdido para os criminosos. É hora de devolvermos as comunidades aos cidadãos de bem de nossa “cidade maravilhosa”.
É maravilhoso ver policiais sendo aplaudidos e a opinião pública a favor das ocupações. Só não podemos extrapolar, pois colocará tudo isso a perder. Se for preciso o Estado pode matar e pode prender. Devemos lembrar que é uma exceção e não devemos perder a legitimidade de nossas ações.
Não é simples mudar uma cultura bicentenária no Rio de Janeiro. Chegamos ao limite. Várias ações estão sendo coordenadas no intuito de devolver ao Estado o monopólio do uso da força. A população deu a maior demonstração de que quando as forças do Estado estão agindo de forma LEGITIMA não há o que questionar.
Saiba mais sobre o jogo do bicho:
O jogo do bicho é uma bolsa de apostas ilegal em animais e foi inventado em 1892 pelo barão João Batista Viana Drummond, fundador e proprietário do Jardim Zoológico do Rio de Janeiro, em Vila Isabel.[1]
A fase de intensa especulação financeira e jogatina na bolsa de valores nos primeiros anos da República imprimiu grave crise ao comércio. Para estimular as vendas, os comerciantes instituíram sorteios de brindes. Assim é que, tencionado em aumentar o frequência do zoológico, o barão decidiu estipular um prêmio em dinheiro e sortear uma placa a cada dia. Em cada placa figurava um dos 25 animais de sua propriedade. A partir daí, as placas foram associadas a séries numéricas e o jogo passou a ser praticado largamente, a ponto de transformar a capital da República (desde 1889) na “capital do jogo do bicho”. Assim, nasceu um dos jogos mais democráticos da história do Brasil.
Saiba mais sobre a Revolta da Vacina:
No inicio do século XX, a cidade do Rio de Janeiro, como capital da República, apesar de possuir belos palacetes e casarões, tinha graves problemas urbanos: rede insuficiente de água e esgoto, coleta de resíduos precária e cortiços super povoados. Nesse ambiente proliferavam muitas doenças, como a tuberculose, o sarampo, o tifo e a hanseníase. Alastravam-se, sobretudo, grandes epidemias de febre amarela, varíola e peste bubônica.
Decidido a sanear e modernizar a cidade, o então presidente da República Rodrigues Alves (1902–1906) deu plenos poderes ao prefeito Pereira Passos e ao médico Dr. Osvaldo Cruz para executarem um grande projeto sanitário. O prefeito pôs em prática uma ampla reforma urbana, que ficou conhecida como bota abaixo, em razão das demolições dos velhos prédios e cortiços, que deram lugar a grandes avenidas, edifícios e jardins. Milhares de pessoas pobres foram desalojadas à força, sendo obrigadas a morar nos morros e na periferia.
Oswaldo Cruz, convidado a assumir a Direção Geral da Saúde Pública, criou as Brigadas Mata Mosquitos, grupos de funcionários do Serviço Sanitário que invadiam as casas para desinfecção e extermínio dos mosquitos transmissores da febre amarela. Iniciou também a campanha de extermínio de ratos considerados os principais transmissores da peste bubônica, espalhando raticidas pela cidade e mandando o povo recolher os resíduos.
Fonte: Wikipédia
Guerra no Rio de Janeiro – Ainda levará tempo para resolver o problema!
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