O governo autorizou mais uma rodada de saques do Fundo de Garantia do Tempo do Serviço (FGTS). A medida, anunciada ontem, tenta ajudar os trabalhadores que foram afetados financeiramente pela crise do novo coronavírus. Para isso, serão liberados até R$ 1.045 para todos os que têm conta no FGTS, seja ela ativa ou inativa. Os saques devem ocorrer entre 15 de junho e 31 de dezembro.
O Ministério da Economia calcula que 60,8 milhões de brasileiros serão beneficiados e que R$ 36,2 bilhões serão injetados na economia. Porém, não adianta correr para as agências da Caixa Econômica Federal agora, pois os saques só vão começar daqui a dois meses, de acordo com cronograma que ainda será divulgado pela Caixa Econômica Federal. “O programa precisa ser estruturado. Por isso, leva um tempo do anúncio à medida de fato”, justificou o secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys.
A ideia é montar um esquema nos mesmos moldes do saque imediato, realizado no ano passado. Assim, é possível que o dinheiro seja liberado de acordo com o mês de nascimento do trabalhador. Quem é cliente da Caixa terá o recurso creditado automaticamente na conta. Por isso, precisa informar à Caixa até 30 de agosto se preferir não fazer o saque agora para deixar os R$ 1.045 rendendo no FGTS.
Especialistas recomendam a quem não precisa do dinheiro agora que avalie a possibilidade de deixar os recursos no FGTS. “A orientação é que o trabalhador faça esse saque se precisa do dinheiro para pagar uma dívida ou comprar comida, porque, pela lei, ele só tem acesso aos recursos do FGTS em algumas hipóteses, como a demissão sem justa causa e financiamento imobiliário. Então, ao optar pelo saque, ele pega o dinheiro ao qual só teria acesso caso fosse demitido”, explicou Lucas Maia, advogado trabalhista do escritório SCA Advogados Associados.
O Ministério da Economia admite que será grande o número de trabalhadores que vão “limpar” a conta do FGTS com o novo saque. “Cerca de 30,7 milhões de trabalhadores vão poder sacar absolutamente tudo o que têm no FGTS”, calculou o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, dizendo que, dessa forma, o governo estará devolvendo ao trabalhador um dinheiro que é dele.
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Da redação do Policiamento Inteligente com informações do Jornal Correio Braziliense