A saúde do Distrito Federal ganhou, na manhã deste sábado (25), um grande reforço na luta contra a Covid-19. O Banco de Brasília (BRB) comprou 150 monitores de sinais vitais, 150 bombas, além de 18.000 equipos de infusão – espécies de mangueirinhas ligadas às bombas e inseridas nos pacientes – e doou para o Governo do Distrito Federal (GDF). Todos os equipamentos são indispensáveis nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e custaram R$ 6,3 milhões.
A doação foi recebida pelo vice-governador Paco Britto – que coordena o programa Todos Contra a Covid – e pelo secretário de Saúde, Francisco Araújo Filho, que fez questão de destacar, mesmo dentro de um cenário pandêmico, a condição “confortável” em que o Distrito Federal se encontra devido às medidas adotadas pelo governo desde o início da crise.
“O mundo inteiro está com dificuldades em enfrentar a pandemia. Mas, no DF, estaremos com cerca de 700 leitos de UTIs para atender os pacientes da Covid nas próximas semanas, temos a primeira UPA do Brasil com leitos de UTIs e, fora isso, conseguimos zerar a fila de regulação, ou seja, ninguém espera mais que 24 horas por uma vaga em Terapia Intensiva”, explicou o secretário. “O que temos hoje na rede, o mundo inteiro queria ter”, completou.
Os aparelhos recebidos hoje pela saúde dão o pontapé para que o DF garanta mais 150 leitos de UTIs. Os monitores de 10 polegadas são importantes nas unidades para monitoramento dos sinais vitais dos pacientes internados. São usados juntamente com as bombas de infusão. As adquiridas pelo BRB vão garantir o controle das doses de medicamentos ministradas aos infectados e conseguem dosar até duas drogas, simultaneamente. Os equipos de infusão também contam com regulador de velocidade com que os remédios são inseridos no corpo da vítima da Covid.
Seria impossível montar um leito de UTI sem o uso destes equipamentos, tão importantes quanto os disputados respiradores. “Tivemos dificuldades, passamos por muitos fornecedores até conseguirmos chegar neste que cumpriu todos os prazos acordados”, explicou o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa. Os aparelhos doados são brasileiros e foram produzidos por uma empresa de Pelotas, no Rio Grande do Sul.
Fora a doação feita hoje, o BRB tem arrecadado outras contribuições da sociedade que vão garantir a compra de mais equipamentos e insumos para a saúde e equipar a rede pública. Segundo o presidente do banco, mais de R$ 5 milhões já foram doados num total de 2.000 contribuições. Os números podem parecer grandes, mas passam longe da estimativa de gastos do GDF com a pandemia, que é de R$ 500 milhões, de acordo com o secretário de Fazenda, André Clemente.
Para o vice-governador, as ações feitas pelo Banco de Brasília durante a pandemia mostram que o BRB é mais que apenas uma instituição financeira. “Temos um banco realmente preocupado com a cidade”, enfatizou. Paco lembrou que o banco recebeu a missão do governador Ibaneis Rocha de ser um agente de transformação no Distrito Federal e que tem mostrado estar bem alinhado com o chefe do Executivo local. “O BRB tem atuado para gerar desenvolvimento econômico e também desenvolvimento social”.
Só o instituto BRB doou para o GDF, no combate a Covid-19, R$ 7,5 milhões. O secretário de Fazenda lembrou que a saúde também recebeu reforço da pasta e que R$ 250 milhões referentes ao superávit do DF já foram transferidos para ações na luta contra o coronavírus. O secretário de Saúde agradeceu o empenho de todas as pastas em ajudar neste momento e reforçou que a atual conjuntura “transformará” cada cidadão. “Nenhum de nós passará por essa pandemia sendo os mesmos. Vamos sair muito diferentes”, disse.
Paco lembrou ainda que, além do sentimento de solidariedade que contagiou toda a população, as ações do GDF e a agilidade do governo em adotar medidas importantes para conter o avanço do coronavírus na capital, deram ao DF um papel de protagonista no Brasil que sofre com os efeitos devastadores da doença.
“Sob a batuta do governador Ibaneis, conseguimos achatar a curva de crescimento da Covid na cidade e não sobrecarregamos nossos hospitais. Uma prova de que lá atrás, quando o governador foi o primeiro a fechar o comércio e adotar o isolamento social, ele estava certo. Agora, temos a condição de começar a flexibilizar a reabertura do comércio para não sufocar a economia”, explicou. “Sem esquecer que a maior responsabilidade do governo neste momento é com a vida. Temos que salvar vidas”, completou.
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Informações da Agência Brasília