O presidente Jair Bolsonaro nomeou, nesta segunda-feira (4), o novo diretor-geral da Polícia Federal. Trata-se de Rolando Alexandre de Souza, secretário de Planejamento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), chefiada por Alexandre Ramagem.
Com isso, embora esteja nomeando alguém indicado por Ramagem, Bolsonaro parece ter desistido da ideia de nomeá-lo para o cargo. Amigo da família, Ramagem foi escolhido após a exoneração de Maurício Valeixo.
A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta segunda-feira (4).
Cronologia
No dia 23 de março, Bolsonaro decidiu exonerar Maurício Valeixo do cargo. A medida levou o então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, a pedir demissão. Ao deixar o governo, Moro acusou o presidente de querer interferir politicamente na Polícia Federal.
Após a exoneração de Valeixo, veio a indicação de Ramagem para o cargo. O novo nome levou o PDT a solicitar que o Supremo Tribunal Federal (STF) barrasse a troca, com a justificativa de que a indicação do amigo da família Bolsonaro corroborava as acusações de Moro.
O ministro Alexandre de Moraes, então, suspendeu a nomeação de Ramagem. A medida enfureceu Bolsonaro, que chamou a decisão de “canetada” e confessou não ter engolido.
Agora, quem assume o cargo é Rolando de Souza, indicado por Ramagem após a decisão de Moraes.
Informações do Jornal de Brasília
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