Na tarde deste domingo (31), a Polícia Militar agiu contra manifestantes na Avenida Paulista, onde ocorriam duas manifestações de grupos distintos.
Havia um grupo cercado pela tropa regular da corporação que se manifestava a favor do presidente Jair Bolsonaro e um segundo grupo que percorria a avenida com gritos a favor da democracia.
Segundo contou ao Estadão o organizador do movimento Somos Democracia Danilo Pássaro, de 27 anos afirmou que “Até então, estava tudo calmo. Nossas faixas eram pela democracia, e eu já havia feito um discurso”.
A confusão com a Polícia Militar teria começado após pessoas que portavam símbolos neonazistas terem se aproximado do grupo pró-democracia.
A Polícia Militar disparou bombas de gás lacrimogêneo contra o grupo pró-democracia para separar o conflito e o grupo passou a jogar pedras e outros objetivos contra os policiais.
Já em frente à sede da Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp) o grupo de apoiadores do Governo Bolsonaro continuou normalmente a manifestação.
O governador de São Paulo João Dória (PSDB) afirmou nas redes sociais que a ação da Polícia Militar visou garantir a integridade dos dois lados.
“A Policia Militar de São Paulo agiu hoje para manter a integridade física dos manifestantes, na Avenida Paulista. Dos dois lados. A presença da PM evitou o confronto e as prováveis vítimas deste embate. Todos têm direito de se manifestar, mas ninguém tem direito de agredir”, afirmou Doria.
Ele afirmou que no processo democrático as manifestações devem ser respeitas, mas sem violência.
“No processo democrático, manifestações devem ser respeitadas. Mas posições contrárias não podem ser expressas com violência nas ruas. O Brasil precisa de paz, diálogo e respeito às instituições, para preservar sua democracia”, continuou.