A capacidade de armazenamento de produtos agrícolas no Brasil chegou a 177,7 milhões de toneladas no segundo semestre de 2019. É o que mostra a Pesquisa de Estoques, divulgada hoje (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo levanta informações sobre o volume e a distribuição geográfica dos estoques de produtos agrícolas básicos armazenáveis.

O aumento na capacidade foi de 1,3% em relação ao semestre anterior. Os produtos estocados totalizaram 26,5 milhões de toneladas, 2,3 milhões de toneladas a mais do que havia em 31 de dezembro de 2018. O maior volume estocado é de milho, com 11,9 milhões de toneladas, seguido pela soja (5,5 milhões), o trigo (4,1 milhões), arroz (1,7 milhão) e café (1,0 milhão).

Somados, esses produtos representam 91,6% do total de estoque monitorado pelo IBGE na pesquisa. Os 8,4% restantes são o algodão, feijão preto, feijão de cor e outros grãos e sementes. Os estoques de milho cresceram 6,8% e os de soja tiveram aumento de 0,7%, na comparação com o segundo semestre de 2018. Apresentaram queda os estoques de arroz (-21,2%), de café (-19%) e de trigo (-2,2%).

Silos

O principal tipo de armazenagem do país é o silo, que teve aumento de 2,2% na comparação com o primeiro semestre de 2019. Eles representam 48,7% da capacidade total, chegando a 86,6 milhões de toneladas. Em segundo lugar vêm os armazéns graneleiros e granelizados, que mantiveram a capacidade total de 66,7 milhões de toneladas, responsáveis por 37,5% da armazenagem nacional.

Os armazéns convencionais, estruturais e infláveis representam 13,8% da capacidade de armazenamento do país, com um total de 24,5 milhões de toneladas de produtos agrícolas, um aumento de 1,7% em relação ao primeiro semestre de 2019.

Segundo o IBGE, houve queda de 0,5% no número de estabelecimentos ativos, que somaram 7.940 no segundo semestre de 2019. Apenas a Região Norte apresentou acréscimo no período, de 0,9%. Tiveram queda as regiões Nordeste (-1,9%), Sudeste (-1,8%) e Sul (-0,2%). No Centro-Oeste, o número de estabelecimentos com estoque ficou estável.

O estado de Mato Grosso permanece com a maior capacidade de armazenagem do país, com um total de 44,5 milhões de toneladas – 58,0% dessa capacidade em armazéns graneleiros e 33,8% em silos. Em seguida vêm o Paraná, com 32,3 milhões de toneladas de capacidade, e o Rio Grande do Sul, com 32,2 milhões. Nos dois estados predomina o uso de silos.