A unidade básica de saúde 12 de Ceilândia ganhou um projeto focado na saúde mental de servidores e usuários da unidade. A Central de Cuidados Afetivos nasceu com o propósito de ajudar nas demandas de sofrimento mental, ou qualquer outra doença que impeça os pacientes e servidores de terem uma vivência mais leve e tranquila neste momento da pandemia pela Covid-19. Além disso, o projeto pretende estimular processos construtivos entre as pessoas.

Na prática, o trabalho é realizado por meio de cartazes, com frases de construção coletiva, sobre a importância da empatia, do afeto e do autocuidado. Há confecção de bilhetes nominais aos servidores que permanecem trabalhando, enfatizando a importância de cada um e agradecendo a sua dedicação. Os envolvidos também coletam mensagens dos profissionais que atuam na unidade para enviar aos colegas que estão afastados.

O planejamento das ações é feito semanalmente com um tema ou ação específica no intuito de acolher esse público. A iniciativa partiu da equipe do Núcleo Ampliado em Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) e o Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Mental do Adulto da Escola Superior de Ciências da Saúde, mantida pela Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Escs/Fepecs).

Com a pandemia, os profissionais e residentes perceberam um aumento na demanda para o serviço de saúde mental. Com isso, uma das preceptoras do programa, a assistente social Cibele Maria de Sousa, afirma que tem sido gratificante pensar numa proposta que alia a partilha de saberes entre preceptoria e residentes. Além disso, a servidora destacou o construir coletivamente que traz alternativas capazes de ofertar cuidado aos servidores e usuários dos cenários de assistência mental da Secretaria de Saúde do DF.

“Qualificar a produção do cuidado é uma atribuição dos profissionais do NASF-AB. Desse modo, nós estamos contribuindo para implementar uma atribuição que é nossa. É sentir que estamos no início de uma estrada, cheia de desafios, onde há muito caminho a percorrer. Saber que iremos juntos e juntas, preceptoria e residentes, fortalece e impulsiona o percurso”, declarou Cibele.

Residentes

Para os residentes, o projeto possibilita o entendimento de que a pessoa possui características próprias e individuais e que o indivíduo deve ser priorizado sobre seu sofrimento.

De acordo com os residentes, a especialização por meio do programa contribui no aprendizado e na experiência sobre os métodos de abordagem e manejo do cuidado em saúde, em situações diversas de sofrimento psíquico e instabilidade emocional.

Welington Borges, 25 anos, nutricionista, afirma que a solidariedade é algo que transforma a pessoa que é cuidada e a pessoa que cuida. “É gratificante ouvir dos servidores ‘abraçados’ pelo projeto sobre o quanto aquilo melhorou e tornou sua jornada laboral mais leve e estimulada”, disse Borges.

Informações do Site Agência Brasília

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