O secretário de Educação e Esporte do Paraná, Renato Feder, anunciou neste domingo (5/7) que rejeitou o convite do presidente Jair Bolsonaro para assumir o Ministério da Educação. Em suas redes sociais, ele anunciou que o convite foi feito pelo presidente na última quinta-feira (2), mas ele resolveu não aceitar.
“Recebi na noite da última quinta-feira uma ligação do presidente Jair Bolsonaro me convidando para ser ministro da Educação. Fiquei muito honrado com o convite, que coroa o bom trabalho feito por 90 mil profissionais da Educação do Paraná. Agradeço ao presidente Jair Bolsonaro, por quem tenho grande apreço, mas declino do convite recebido. Sigo com o projeto no Paraná, desejo sorte ao presidente e uma boa gestão no Ministério da Educação”, escreveu.
O nome de Feder era cotado desde a saída do ex-ministro Abraham Weintraub. O nome enfrentava grande resistência da ala ideológica do governo e da ala militar. Um dos pontos que degradava esse grupo é o fato de o possível ministro ter doado para a campanha do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), inimigo político do presidente. Havia também resistência da ala evangélica.
A desistência teria sido motivada, principalmente, por um dossiê sobre Feder, entregue ao presidente por assessores pessoais. No documento, revelado pela CNN, consta que o secretário já teria defendido a redução das Forças Armadas e a legalização das drogas; além de apontar adversários políticos de Bolsonaro que estariam comemorando a escolha de Feder.
O secretário chegou a ir no Palácio do Planalto conversar com o presidente. Ao final, Bolsonaro decidiu pelo nome de Calos Decotelli, indicação de militares. Ele, no entanto, entregou uma carta de demissão ao presidente após cinco dias no cargo, em meio a polêmicas envolvendo o seu currículo. Segundo informações de corredor, o presidente irá indicar um novo novo durante o decorrer da semana.