Num dia de pessimismo no mercado, o dólar voltou a ser cotado acima de R$ 5,20. Apesar da alta de hoje (31), a moeda norte-americana teve, em julho, a maior queda mensal em 2020.
O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (31) vendido a R$ 5,218, com alta de R$ 0,059 (+1,15%). As negociações foram influenciadas pelo último dia do mês, em que investidores compram mais divisas para fazerem pagamentos, e pelas incertezas internacionais.
Em relação à pandemia do novo coronavírus, o crescimento de casos nos Estados Unidos e Europa preocupa, mas sem sinais de nova rodada agressiva de lockdowns. Esse receio acaba sendo contrabalançado pelo avanço no desenvolvimento de vacinas contra a covid-19 ao redor do mundo.
A União Europeia fechou acordo para mais estímulos e o Federal Reserve (Banco Central norte-americano), por sua vez, reiterou que continuará fazendo o que estiver ao seu alcance. Nos Estados Unidos, as atenções estão voltadas para negociações no Congresso para mais estímulos, com parte das medidas de combate à crise expirando nesta semana.
No fim da tarde, o Banco Central (BC) informou que dará continuidade à política de rolagem (renovação) de contratos de swap cambial, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro. A autoridade monetária anunciou que, a partir de segunda-feira (3), rolará integralmente o lote de US$ 3,5 bilhões de contratos de swap que vencem em setembro.
Bolsa
No mercado de ações, o dia foi marcado por perdas. O índice Ibovespa, da B3 (a bolsa de valores brasileira), encerrou esta sexta aos 102.912 pontos, com queda de 2%. Apesar do recuo de hoje, o índice subiu 0,52% na semana e fechou julho com alta acumulada de 8,27%.
A bolsa foi influenciada pela realização de lucros, quando os investidores vendem ações para embolsarem ganhos recentes, e pelo mercado externo. Os resultados de empresas na Europa e Estados Unidos têm mostrado sinais mesclados e revisões nas perspectivas do ano. Além disso, dados recentes sobre a economia norte-americana têm preocupado sobre o risco de uma desaceleração no ritmo de retomada da maior economia do mundo.
* Com informações da Reuters