A Justiça suspendeu a audiência pública virtual que seria realizada na sexta-feira (7) para discutir o relatório de impacto ambiental para a construção de um autódromo na Floresta do Camboatá, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro.
O terreno escolhido para o autódromo, que será cedido pela União à Prefeitura do Rio, é alvo de questionamentos por parte de ambientalistas. O movimento SOS Floresta do Camboatá contabiliza que o local que poderá receber o autódromo guarda 200 mil árvores, que constituem a floresta considerada o último remanescente de Mata Atlântica de terras baixas na capital fluminense. Na cidade, as florestas preservadas concentram-se nos maciços, como é o caso da Floresta da Tijuca.
A juíza da 15ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Roseli Nalin, concedeu uma liminar (decisão provisória) nessa segunda-feira (3) suspendendo a audiência que é uma das etapas necessárias para a concessão de licenciamento ambiental.
A Prefeitura do Rio realizou uma licitação e contratou a empresa Rio MotorPark para conduzir o projeto de construção do autódromo em uma parceria público privada.
A reportagem procurou a Prefeitura do Rio e o Instituto Estadual do Meio Ambiente (Inea) e aguarda o posicionamento.