O presidente Jair Bolsonaro participou hoje (14) da inauguração da Escola Municipal Cívico-Militar General Abreu, em Rocha, bairro da zona norte da capital carioca. É a primeira escola desse modelo no município, iniciativa do Ministério da Educação (MEC) em parceria com o Ministério da Defesa, que coloca uma equipe de militares da reserva para participar da gestão educacional, em apoio ao corpo docente.
Bolsonaro lembrou as dificuldades do Brasil na educação e que o país ocupa as últimas posições no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Para o presidente, “o que libera um homem e uma mulher é o conhecimento, e devemos investir nisso”.
“Isso não se muda de uma hora para outra, mas onde é quem tem que começar a mudar? Na escola, já que temos bons professores, precisamos dar-lhes meios e autoridade para exercer seu trabalho. É quase como quartel, se não tiver hierarquia e disciplina, ele [estudante] não cumpre a sua missão”, disse o presidente.
Bolsonaro citou ainda exemplos de escolas cívico-militares públicas que já foram implantadas em outros estados, como Goiás e Amazonas, e como, segundo ele, isso melhorou o desempenho dos estudantes, principalmente das camadas mais pobres. “É uma maneira de nós mostrarmos que queremos realmente resgatar o pobre, que não é apenas através de projeto social, que em grande parte não resgata, é dando-lhes o devido conhecimento”, ressaltou.
O nome da escola inaugurada nesta sexta-feira homenageia general José Abreu, da Brigada de Infantaria Paraquedista do Exército, que morreu em junho deste ano. Cerca de 560 alunos do sexto ao nono ano serão atendidos na unidade construída pela prefeitura, que também contará com atividades de robótica, iniciação científica, artes e projetos esportivos.
Durante o evento, a prefeitura do Rio de Janeiro e a Superintendência da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no estado também firmaram convênio para a criação de uma escola da rede pública sob gestão compartilhada da PRF. A unidade de ensino integral ocupará um prédio da União em Irajá.
O programa das escolas cívico-militares é uma iniciativa do Ministério da Educação, em parceria com o Ministério da Defesa, que apresenta um conceito de gestão nas áreas educacional, didático-pedagógica e administrativa, com a participação do corpo docente da escola e apoio dos militares.
O Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares foi lançado no ano passado com o objetivo de promover a melhoria na qualidade do ensino na educação básica. A meta é implementar o modelo em 216 escolas em todos as unidades da federação até 2023. A adesão dos estados e municípios ao programa é voluntária.
O projeto piloto será implementado em 54 escolas de 22 estados e do Distrito Federal, com investimentos federais de R$ 1 milhão por instituição de ensino. Cerca de mil militares da reserva das Forças Armadas, policiais e bombeiros militares vão participar da gestão educacional das instituições.