As mudanças sempre estiveram presentes em todas as sociedades. O filosofo Heráclito já dizia. “Jamais nos banhamos na mesma água de um rio”. Isso destaca a importância de se encarar as mudanças como um dos principais desafios empresariais, principalmente no contexto atual em que diversos fatores como: inovações tecnológicas, globalização da sociedade, aperfeiçoamento dos sistemas de comunicação, eliminaram as fronteira entre as nações através do processo de globalização, ou seja, o espaço competitivo não possui fronteiras bem definidas como até pouco tempo atrás. Neste sentido, novos concorrentes estão sempre surgindo, afetando a competitividade dos produtos das empresas. Com isso, surge a necessidade de se acelerar as buscas por inovações para agregar valor aos produtos e serviços para torná-los competitivos. A dinâmica das mudanças, faz com que as empresas, cada vez mais, organizem-se em equipes, para desta maneira liberar as pessoas para a criação. Por isso, tornar as pessoas verdadeiras agentes de mudanças é um dos principais desafios para os administradores. Na nova organização todos, principalmente os gerentes, devem estar preparados para atuarem como verdadeiros conselheiros internos visando a melhoria dos processos, bem como incentivando o surgimento de novas idéias transformando-as protótipos que serão testados para que posteriormente seja efetivamente implementada. Com isso, agrega-se valor aos produtos ou serviços. Essa realidade para muitas pessoas parece utópica e inatingível. Mas, a história apresenta fatos que comprovam que o novo sempre é recebido com incredulidade e logo é descartado pela maioria das pessoas. Esse tipo de paradigma faz com que muitos dos problemas organizacionais não sejam resolvidos pela falta de abertura por parte da gerência em analisar as propostas apresentadas por pessoas sem muito status na empresa. Outros obstáculos são os contratos psicológicos negativos presentes no inconsciente coletivo que bloqueia qualquer tentativa de mudança e aceitação de novos paradigmas. Portanto, para que estes contratos psicológicos sejam eliminados  é necessário uma educação organizacional que privilegie a abertura das pessoas para o novo e, as mudanças sejam encaradas como processo vital para a sobrevivência da organização. É necessário um processo de libertação das mentes humanas do aprisionamento psíquico, resultante de anos de subordinação, contribuiu para isso, o sistema repressivo do regime político de nosso país. Com a industrialização, inicialmente, poucas pessoas tinham a oportunidade de pensar a empresa, pois existia uma nítida separação dos executores e das pessoas que poderiam refletir sobre os problemas da organização. Com isso, a maioria das pessoas se tornou alienadas e passivas diante dos processos organizacionais, apresentando comportamentos rotulados, consequentemente sem iniciativa. Tudo isso, tem contribuído para o surgimento de anomalias no comportamento das pessoas dentro das organizações  e no ambiente  social.
Fonte: http://www.unioeste.br/campi/cascavel/ccsa/IIISeminario/artigos/Artigo%2010.pdf