Há 70 anos, no dia 18 de setembro de 1950, Assis Chateaubriand – fundador da TV Tupi -, dava o sinal verde para a primeira transmissão audiovisual aberta da história do Brasil. Hoje, em 2020, a TV aberta – que passou por diversas fases, desde a transição de preto e branco para imagens em cores, do aspecto 4×3 para widescreen, do sinal analógico, em baixa qualidade, para imagens digitais em alta resolução – ainda apresenta números consideráveis de audiência, mesmo com a crescente expansão no número de usuários da internet.
“É importante que as pessoas que não têm condição de pagar por um serviço de TV privado tenha direito à TV gratuita. A TV aberta é isso: entretenimento das pessoas mais pobres, que não têm condição financeira de ter, por exemplo, uma plataforma paga de streaming, uma TV a cabo”, disse Fábio Faria, ministro das Comunicações, ao comentar os 70 anos da TV no Brasil.
Segundo o ministro, TV aberta e internet não significam, necessariamente, competidores de um mesmo público e, sim, parceiros em entretenimento amplo e aberto para quem não tem condições para custear planos privados de streaming e conteúdo. “A internet ajuda a TV aberta com a interatividade. E cada vez mais veremos essa sinergia, essa integração. Queremos que cada setor tenha vida longa, e interaja com a população e leve novidades. O trabalho é esse, cada um, dentro do seu perfil, consiga levar o melhor produto para o cliente. Para a população”, argumenta o ministro.
Com relação a acessos e audiência, o ministro disse que a parcela da população brasileira que ainda não possui internet chega a 21% – cerca de 43 milhões de pessoas. Segundo o ministro, para esse público, a televisão aberta cumpre papel fundamental de informar, entreter e educar.