A Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículo (DERFRVA), deflagrou nesta sexta-feira (18), a Operação Falsos Policiais, na qual foram cumpridos 3 mandados de prisão preventiva e 4 mandados de busca e apreensão. Foram presos na operação Ismael Severino da Silva, Wesley Gomes da Silva, Gilmar Vieira de Sousa.
A operação teve por objetivo desarticular uma associação criminosa armada, formada por indivíduos que obtêm informações de vítimas que adquirem veículos mais velhos e as identificam como potenciais alvos para serem abordadas. Os investigados, fingindo serem policiais civis, inclusive com a utilização de distintivos, “apreendem” os veículos, juntamente com os celulares e dinheiro em espécie, com a falsa informação de que se tratam de veículos que foram utilizados na prática de crimes (homicídios, roubos, tráfico de drogas etc) e pedem que as vítimas compareçam na Delegacia de Polícia, no dia posterior, para serem ouvidas.
Os investigados acreditavam que as vítimas, considerando que os veículos eram antigos e com pendências administrativas, não registrariam a ocorrência. Então os veículos seriam vendidos para circularem na Zona Rural e o lucro auferido seria repartido.
Dentre os suspeitos presos preventivamente na data de hoje, estão um policial miliar reformado, um vigilante penitenciário temporário e outro comparsa que já havia sido preso pela DERFRVA, no dia 26 de outubro deste ano, na posse de um um distintivo, algema, carteira funcional e armas de fogo. Hoje, na residência de um deles, foram apreendidos um simulacro de arma de fogo e 82 munições calibre 9mm.
Com o cumprimento dos mandados, os investigados ficarão à disposição da Justiça e poderão ser condenados a mais de 25 anos de reclusão pelos crimes de extorsão, associação criminosa armada e uso indevido de símbolos da Polícia Civil.
A Operação Falsos Policiais contou com o apoio da Gerência de Operações de Inteligência (GOI) da Polícia Civil, da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE/GT3), da Inteligência da DGAP e da Corregedoria da Polícia Militar. A qualificação e a imagem dos investigados são veiculadas no intuito de se identificar outras possíveis vítimas de crimes por eles perpetrados com o mesmo modus operandis.