Após 13 dias, policiais militares do Ceará encerram paralisação

Policiais militares encapuzados e sem farda se reúnem em protesto na cidade de Fortaleza

Os policiais militares no Ceará decidiram pelo fim do movimento de paralisação na noite deste domingo (01/03/2020). As informações são do Diário do Nordeste.

Neste domingo, foi apresentada uma proposta salarial elaborada pela comissão especial formada por membros dos três poderes estaduais e por representantes dos PMs.

Pela proposta:

Os policiais terão apoio de instituições que não pertencem ao governo do estado, como Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Defensoria Pública e Exército;

Os policiais terão direito a um processo legal sem perseguição, com amplo direito a defesa e contraditório, e acompanhamento das instituições mencionadas anteriormente;

O governo do Ceará não vai realizar transferências de policiais para trabalhar no interior do estado em um prazo de 60 dias contados a partir do fim da paralisação;

Os policiais militares devem retornar ao trabalho já no dia 2 de março, esta segunda-feira.

Insatisfeitos com a proposta de reajuste salarial à categoria, diversos policiais decidiram paralisar as atividades no estado desde o dia 18 de fevereiro. A paralisação durou 13 dias.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, durante a paralisação, houve, pelo menos, 195 assassinatos no Ceará.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou a autorizar o emprego das Forças Armadas na Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no estado, para colocar ordem na segurança pública cearense. Cerca de 2,8 mil homens do Exército e da Força Nacional circulam pela capital cearense e por cidades do Interior para reforçar a segurança nas ruas.

Ao todo, 230 policiais militares respondem processos administrativos e foram afastados por 120 dias. Os agentes estão fora da folha de pagamento e podem ser expulsos da corporação.

Da redação do Policiamento Inteligente com informações do Portal Metrópoles e Estadão.