Tenho recebido várias perguntas referentes a algumas comissões criadas na PMDF e visto a revolta nos grupos de policiais nas redes Telegram e “Zap”. Principalmente, sobre “o  programa de valorização e reconhecimento do policial militar por meio de um sistema de avaliação de desempenho técnico-profissional baseado em critérios objetivos”, alguns da “oposição insana” já pregam o terror, alegando que é para “arrochar o praça”, que é para “sacanear o praça”, que o praça, o praça, o praça…

Tenho analisado de outra forma. E como a maioria não possui visão estratégica vou mostrar um pouco do que tenho visto: na PMDF temos mais coronéis que o Estado de São Paulo, o número gira em torno de 70 (setenta), sendo que vagas reais (gratificadas) para coronéis giram em torno de “somente” 39 (trinta e nove). É preciso “enxugar” o último posto da PM, até para dar fluidez para eles. Como? Ninguém quer perder as gordas gratificações. Vejo que a estratégia foi colocar os mais antigos no “corredor”. São onze coronéis mais antigos nesta situação, “forçando-os” a “tocar o sino”. Comissão sempre foi vista como “corredor”, nunca trouxe efeitos práticos. Precisamos compreender isso. O praça precisa deixar a “teoria da conspiração” de lado e olhar de outra forma, por meio de uma visão mais estratégica. Existem mais “interesses” em jogo neste momento do que “sacanear o praça”.

Corredor na nossa linguagem quer dizer sem sala, sem função gratificada, sem carro, sem motorista. Passam a ser “assessores” do comandante, sem poder de decisão efetivo.  Política se faz com a “ocupação de espaços de poder”. O exercício do poder é feito por meio do “cargo”. Sem cargo dizemos que a pessoa foi “desempoderada”, ou seja, perdeu poder.

Por: Aderivaldo Cardoso

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