Atacar policiais é atacar o próprio estado, sejam eles superiores ou inferiores

Afinal, polícia é polícia e bandido é sempre bandido. 

No dia 26 de outubro, no mesmo horário em que alguns políticos da bancada da bala protestavam em Brasília  contra a morte de policiais no Brasil, um oficial superior, comandante de Batalhão foi morto durante um assalto no Rio de Janeiro e o seu motorista, um cabo de polícia foi alvejado.
Como disse o comandante geral da PMRJ, o que ocorreu foi um atentado terrorista contra a democracia e contra a sociedade brasileira. O Estado do Rio de Janeiro foi palco de um verdadeiro saqueamento aos cofres públicos. A corrupção está entranhada em todos os níveis, inclusive dentro das polícias, o filme tropa de elite nunca esteve tão próximo da realidade como podemos perceber. Nas canetas dos agentes políticos, temos o sangue de cada policial morto escorrendo como a tinta vermelha que assina a liberação de presos e os contratos superfaturados, a corrupção e a impunidade estão matando os guardiões da sociedade.
Antes deste “atentado” contra a democracia e contra o Estado Democrático de Direito tivemos outros 111 atentados contra praças da PMRJ. No mesmo dia em que o oficial superior foi morto, um inferior, foi morto durante troca de tiros em um Shopping. No dia de ontem, mais um policial inferior morreu. O Cabo PM Sandro Ribeiro Lopes, foi morto ao reagir a uma tentativa de assalto no centro de Itaguaí. O policial avistou uma mulher sendo assaltada e trocou tiros com o assaltante. Ambos morreram no local. Ele foi o quinto policial assassinado em seis dias no Rio de Janeiro.
Como percebe-se, a democracia está sendo atacada diariamente no Rio de Janeiro e na maioria das cidades brasileiras. O interessante é que somente depois de 111  mortes de praças na cidade maravilhosa, as autoridades descobriram que os policiais de lá estão sendo mortos pelo crime organizado e que isso é atentado contra o próprio estado.
Atacar policiais é atacar o próprio Estado, é atacar a própria democracia,  sejam eles superiores ou inferiores. A resposta do Estado deve ser a mesma todas as vezes que um policial tombar. A sociedade precisa compreender isso. Ela tem o dever de cobrar um posicionamento dos governantes e de escolher de que lado ela está. Afinal, polícia é polícia e bandido é sempre bandido. A cada dia que passa o confronto entre os homens de bem e os marginais torna-se inevitável.