Os casos da Covid-19 no Brasil continuam em acentuada ascensão e o sistema de saúde já esbarra na capacidade. Faltam equipamentos básicos, respiradores e profissionais. O quadro mais crítico é o do Amazonas, onde pessoas infectadas têm morrido sem nem conseguir atendimento. A situação por lá é de corpos sendo acumulados nos corredores dos hospitais.
Segundo o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), o número de pessoas que morreram sem conseguir internação para tratar a doença cresceu 36,5% em apenas um dia. “Está se caracterizando um certo colapso das possibilidades de atender”, afirmou nas redes sociais, atualizando que a quantidade de sepultamentos mais que triplicou em meio à pandemia: em períodos sazonais de gripe, o principal cemitério da cidade tem demanda diária entre 20 e 35 enterros. “Um dia, bateu em 66, depois 88, ontem (segunda-feira), 121. Hoje (ontem), foram 106.” Com o aumento, o sistema funerário está sobrecarregado e, para lidar com a situação, foi criado um comitê de crise para óbitos. No cemitério Parque Tarumã, na zona norte de Manaus, enterros já ocorrem em valas coletivas.
Unidade de referência para atendimento a infectados pelo coronavírus em Manaus, o Hospital Delphina Aziz tem apenas 179 dos 350 leitos funcionando, sendo 75 UTIs. Para ampliar a oferta na unidade, é necessário investir em recursos humanos e estrutura, como parte elétrica, informática e serviços. Na tentativa de suprir a demanda, o Hospital Nilton Lins iniciou atividades com 16 leitos de UTI e 66 de enfermaria. Ontem, foi anunciado, também, que o governo vai utilizar 18 leitos de UTI e 45 leitos clínicos disponibilizados ao estado pelo Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV). Em todo o Amazonas, o índice de ocupação varia de 95% a 97%.
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Da redação do Policiamento Inteligente com informações do Jornal Correio Braziliense