A pandemia ainda não acabou, e mesmo os vacinados precisam tomar todas as precauções necessárias para não se contaminarem ou passarem o vírus para outras pessoas. O infectologista do Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin), Guilhermo Socrates, esclarece algumas dúvidas quanto à vacinação e o que deve ser feito depois.
Ele explica que, ao tomar a primeira dose do imunizante, é preciso seguir com as medidas para evitar a disseminação do vírus e retornar à unidade, quando estipulado, para receber a segunda dose.
“A primeira dose não é suficiente para uma imunização total, uma vez que todos os estudos foram feitos com dose de reforço. Mesmo os que foram contaminados pelo vírus também precisam se vacinar, pois existem diferentes mecanismos de defesa que podem ser estimulados e ampliar a resposta imune contra o vírus”, relata.
O infectologista também ressalta a importância de tomar a segunda dose da vacina para garantir um resultado positivo. “A segunda dose é o reforço da primeira. Ela provoca um estímulo no sistema imunológico e garante taxas de sucesso maiores na proteção contra a doença. Devem ser aplicadas dentro do prazo estabelecido e observado também o tipo de imunizante usado. Com essas medidas, ampliam-se as garantias do sucesso da campanha em todo o território nacional.”
Mutações e variações
Relatório divulgado pelo Ministério da Saúde mostrou que mais de 1,5 milhão de pessoas deixaram de tomar a segunda dose das vacinas contra a Covid-19 no País. Devido às mutações e variações do vírus, mesmo quem foi imunizado corre o risco de ser contaminado e até transmitir para outras pessoas. O objetivo da vacina é evitar as formas graves da doença e os óbitos.
O médico do Hutrin ressalta que cada imunizante tem suas indicações e contraindicações. Por isso, é importante que pessoas que tenham doenças preexistentes procurem o médico. Além disso, as vacinas ainda não foram testadas nas crianças.
“Mesmo após a imunização, os cuidados como distanciamento social, máscara e álcool em gel ainda devem ser seguidos. Todas as medidas deverão ser adotadas até que possamos ter dados epidemiológicos estatisticamente seguros para assegurar que houve redução drástica da livre circulação viral. Somente com uma baixa taxa de disseminação da doença poderemos voltar à normalidade”, diz o infectologista.
Foto: Britto
Fonte: SES/Imed – Governo de Goiás