O saldo da balança comercial de Goiás em outubro foi positivo em US$ 239 milhões, resultado de US$ 548 milhões em valor exportado, para US$ 309 milhões em importações. O secretário de Desenvolvimento e Inovação (Sedi), Marcio Cesar Pereira, aponta o acumulado de janeiro a outubro como satisfatório, ainda mais que estamos no nono mês da crise do coronavírus.

“Mas é bom lembrar que o cenário ainda é muito desafiador para empresas goianas. Estamos conseguindo manter nosso comércio exterior aquecido. Procuramos oferecer um ambiente em que as empresas possam, cada vez mais, se desenvolverem tecnologicamente, procurando soluções inovadoras para que sejam mais competitivas e possam aumentar ainda mais, tanto a intensidade tecnológica de seus produtos, quanto o volume de suas exportações”, afirmou.

Já o superintendente de Negócios Internacionais da Sedi, Edival Lourenço de Oliveira Junior, destaca que mesmo com a queda nas exportações goianas em outubro, pode se observar um crescimento substancial de 17,52%, se comparado ao acumulado de janeiro a outubro de 2019, com aumento também na participação das exportações brasileiras de 3,14% para 4%. A China segue sendo o principal parceiro goiano.

Em relação as importações, Edival Junior pondera que a participação goiana frente à brasileira aumentou de 2,13% para 2,50%, com destaque para as gorduras e óleos vegetais. A Argentina subiu para a primeira posição no ranking dos principais países dos quais Goiás importou, no montante de US$ 41,7 milhões – 13,48% do total importado pelo Estado.

Exportações

Goiás conseguiu se colocar entre os 11 estados que mais exportaram no Brasil em outubro e entre os 10 maiores importadores. Os números são devidos à vitalidade da produção industrial dos polos farmacêutico, automobilístico e alimentício, além de outros parques fabris como o de produtos químicos, por exemplo.

No mês de outubro, as exportações para os mercados internacionais de US$ 158 milhões em carnes bovina, aves, suína e outras, seguida dos complexos do milho, US$ 108 milhões e da soja, com US$ 74 milhões. Mais uma vez, o agronegócio e a pecuária definiram o padrão de estabilidade da economia goiana, mesmo com algumas perdas devido ao período difícil da pandemia.

Outros produtos que mantiveram papel de peso nas exportações goianas no mês passado foram as ferroligas, açúcar, ouro, sulfeto de cobre, couros e derivados, máquinas, equipamentos e aparelhos elétricos e mecânicos, algodão, outros de origem animal, gelatinas e derivados e os produtos farmacêuticos.

A China, depois de se manter como fiel da balança ao longo de todo o ano, tomou a frente da parceria dos negócios com Goiás também em outubro, somando US$ 165 milhões em volume de compra – 30,08% do total dos negócios. Em seguida, destacaram-se os negócios com o Japão, Alemanha, Reino Unido, Coreia do Sul, Estados Unidos, Vietnam, Países Baixos (Holanda) e outros.

 

Importações

As importações goianas tiveram os produtos farmacêuticos à frente, graças ao Polo de Anápolis, o terceiro maior do país em atividade, e também em decorrência da pandemia do coronavírus, que naturalmente acirrou todos os setores demandados pela vocação dos produtos. Como consequência, Anápolis foi o município que mais importou produtos, com volume de negócios de US$ 70 milhões ou 22,76% do total da movimentação de compras de produtos no mercado externo.

Seguiram-se com maior expressividade, na linha das importações, os adubos e fertilizantes, US$ 66 milhões ou 21,53%; gorduras e óleos animais ou vegetais, com US$ 37 milhões ou 11,97%; veículos automóveis, tratores, ciclos e outros veículos terrestres, suas partes e acessórios, com US$ 30,8 milhões ou 9,97%; produtos químicos orgânicos, com US$ 24,2 milhões ou 7,82%; reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, e suas partes, com US$ 22,2 milhões ou 7,19%, entre outros.

Comunicação Sedi