O governador Ronaldo Caiado realizou, nesta segunda-feira (27/12), um giro por três municípios goianos para entregar 3.061 cartões do Mães de Goiás. O programa concede auxílio mensal de R$ 250, para compras em farmácias e supermercados a mulheres com filhos de até seis anos e em situação de vulnerabilidade social. As beneficiadas são de Senador Canedo (1.335), Anápolis (933) e Goianésia (793). O Estado também concluiu, hoje, o repasse da ação social em Itapuranga (463) e cidade de Goiás (401).

“Esse cartão é para que a mãe cuide de seu filho. É um programa para atender a criança, para que ela tenha uma evolução normal”, frisou Caiado durante discurso voltado às mulheres. Entre as condições para que a família mantenha a assistência estão a manutenção das crianças com idade escolar na rede de ensino e a carteira de vacinação atualizada. “A finalidade é que seu filho tenha o mesmo desenvolvimento intelectual e mental de outras crianças.”

Mãe de um casal, de 2 e 4 anos, a feirante Mirielle Santana foi uma das contempladas e confirmou a importância da iniciativa, especialmente às vésperas de um novo ano. O benefício será indispensável para reorganizar as finanças da família. “Essa renda vai ajudar bastante. Sempre um pouquinho a mais é muito bem-vindo para cuidar dos meninos”, disse a moradora de Goianésia que, no ato de entrega, estava acompanhada do caçula, o pequeno José Miguel.

Lançado em setembro, o programa de transferência de renda vai atender um total de 100 mil mães com esse mesmo perfil socioeconômico em todos os 246 municípios goianos. Somente neste mês de dezembro, a previsão é entregar 25.635 cartões em 33 cidades. A meta é fechar 2021 com moradoras de 90 localidades atendidas e quase 70 mil cartões distribuídos.

Senador Canedo

A agenda teve início com o repasse de 1.335 cartões em Senador Canedo, ocasião em que o prefeito Fernando Pellozo agradeceu a ampla parceria do Estado. “Quando se acredita em pessoas do bem, em uma política honesta e transparente, o benefício chega”, relatou ao exemplificar outro apoio recente que o município recebeu: “Pegamos a cidade sem UTIs. No entanto, com a ajuda de Caiado, imediatamente abrimos 15 leitos e chegamos a um total, na época, de 91 leitos. Foi o que ajudou Senador Canedo a enfrentar a pandemia”.

O governador relatou que o Mães de Goiás é uma via de mão dupla. “Além de auxiliar todas as mães, vai girar a economia”, disse. Somente em Senador Canedo, o programa vai movimentar mais de R$ 330 mil mensais no comércio local. Nessa gestão, o Estado concentra todo o seu “investimento na pessoa, no ser humano”, acrescentou Caiado.

Anápolis

Em Anápolis, as 933 mulheres atendidas com o programa são, nas palavras do prefeito Roberto Naves, mais uma prova de que Goiás está no rumo certo. “Caiado mostra a que veio quando inicia o quarto ano de seu mandato com várias entregas. Com recurso para alunos e para as mães, dando moradia a quem não tem, recuperando as estradas para que o Estado continue produzindo e escoando”, exemplificou. “O senhor, governador, deu resposta aos abutres de plantão que não acreditaram que seria capaz. Quem ganha com isso é o povo goiano”, pontuou o gestor.

O deputado estadual Amilton Filho definiu a agenda de hoje como um “dia de festa”. “É resultado do olhar carinhoso do governador Ronaldo Caiado e da primeira-dama Gracinha Caiado a todas vocês, que recebem o benefício. São R$ 250 na conta, que já estão disponíveis”, disse o parlamentar às mães.

Goianésia

Já em Goianésia, o prefeito Leonardo Menezes associou os programas sociais à retomada econômica nesse pós-pandemia. “O Mães de Goiás já contemplou milhares de mulheres, e hoje atende 793 em Goianésia, que precisam dessa ajuda”, afirmou. Ex-prefeito, e atual presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego), Renato de Castro falou da importância de gerar novos empregos e de atender pessoas em situação de vulnerabilidade. Para ele, Caiado alcançou equilíbrio entre as duas partes. “Da mesma forma que investe de um lado, investe no outro”, salientou.

O deputado federal José Nelto garantiu que, na atual gestão, o benefício social é uma garantia segura. “Esse cartão tem fundo. Você vai lá no supermercado e faz as compras, porque o dinheiro já está na conta. Não é como outros do passado, que não tinham valor nenhum”, comparou. “Esse é um governo que faz com que o povo goiano tenha dignidade. Não é um benefício eleitoreiro. É um cartão que vai durar mais cinco anos”, projetou.

Adesão ao RRF é “carta de alforria”, afirma governador

Em entrevista pela manhã, o governador comentou sobre a adesão de Goiás ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), autorizado na última sexta-feira (24/12) pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. Caiado fez uma analogia do momento com a história do Brasil, mais precisamente com o período em que a princesa Isabel sancionou lei que previu o fim da escravidão. “Foi, para Goiás, comparável a uma carta de alforria. Éramos escravizados pelos juros extorsivos com que o Estado criminosamente foi exposto pelo governo anterior, e o povo goiano não suportava mais pagar essa taxa. Nós fomos alforriados”, alegou.

Com o ingresso no regime, que passa a valer em 1º de janeiro de 2022, o Estado poderá refinanciar débitos com a Secretaria do Tesouro Nacional (STN), do Ministério da Economia. O pagamento da dívida pública será suspenso parcialmente em 2022, sendo destinado um valor de R$ 445 milhões para investimentos. Com isso, Goiás elevará sua capacidade de intensificar políticas públicas, e aumentará, assim, a oferta e a qualidade de serviços prestados à população.

A partir de 2023, por um período de 30 anos, a dívida volta a ser quitada aos poucos, sendo cerca de R$ 738 milhões em 2023, R$ 1.030 bilhão em 2024, e assim por diante, com crescimento gradativo até alcançar os R$ 2 bilhões somente a partir de 2027. “Ganhamos um presente de Natal do presidente da República”, continuou o governador.

“Hoje não seremos mais escravizados pelos juros extorsivos que o ex-governador expôs Goiás a pagar, de R$ 250 milhões por mês. Estamos saindo da mão da agiotagem e da corrupção e voltando a ter condições de respirar”, concluiu Caiado. O RRF também especifica os critérios para a delimitação do teto de gastos, e define o índice oficial a ser aplicado para a correção dos valores, entre outras ações.

Fonte: Secretaria de Estado de Comunicação (Secom)