O Conselho de Desenvolvimento do Estado (CDE/FCO) aprovou, durante a 365ª reunião, realizada na terça-feira (31/08), 64 propostas de financiamento do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), na ordem de R$ 64,96 milhões, que devem gerar 287 empregos diretos. No período compreendido entre janeiro e julho já foi aportado R$ 1,53 bilhão de recursos do fundo em território goiano.
Na reunião de número 365, o setor empresarial foi contemplado com 12 cartas-consultas, no valor de R$ 16,24 milhões, que têm previsão de auxiliar na geração de 202 vagas de trabalho. Já para os produtores rurais, 52 financiamentos foram aprovados, que totalizam R$ 48,71 milhões e têm capacidade para gerar novos 85 empregos.
“Seja no setor urbano ou rural, a prioridade de repasse do FCO em Goiás é para o combate às desigualdades regionais”, explica o governador Ronaldo Caiado, que determinou preferência na aprovação de recursos a empreendimentos em 64 municípios goianos, definidos de acordo com a carência e necessidade de desenvolvimento socioeconômico.
De janeiro a julho de 2021, os 64 municípios apresentaram aumento de 44,05% na contemplação de recursos, o que equivale a um crescimento de R$ 134,2 milhões, comparado com o mesmo período de 2020, conforme balanço apresentado na última reunião.
Dos 246 municípios goianos, 236 já receberam financiamentos do FCO de janeiro a julho de 2021. O acumulado dos sete meses, de R$ 1,53 bilhão, foi aprovado para financiar atividades rurais e empresariais em Goiás, além dos R$ 360,4 milhões destinados à Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride).
Recursos para quem mais precisa
Mais de 84% do valor aprovado nos primeiros sete meses de 2021 foi para empreendimentos de micro, pequeno e médio porte, o que corresponde a R$ 1,29 bilhão. Já os empresários e produtores rurais de grande e médio porte foram contemplados com R$ 238,4 milhões.
“É inadmissível que haja empréstimos do FCO no valor de R$ 200 milhões, R$ 300 milhões enquanto temos uma carência de oferta ao micro, pequeno e ao empresário individual”, destaca Caiado. “Temos que redirecionar o recurso para boa utilização por quem necessita de uma verba com taxa de juros menor e carência maior”, completa.
O titular de Indústria, Comércio e Serviço, José Vitti, reforça que a mudança de destinação de recursos do FCO visa aumentar o desenvolvimento regional, principalmente dos municípios menores, que sofreram ainda mais com o impacto da pandemia da Covid-19.
“Nossa meta é fomentar o funcionamento dos pequenos municípios que, muitas vezes, têm poucas vocações, e, por isso, sofreram tanto com a pandemia. Também trabalhamos na melhoria de infraestrutura, na capacitação de pessoal e na atração de novos investimentos”, diz ao citar estratégias do governo estadual para o desenvolvimento socioeconômico dos municípios prioritários e para a geração de empregos.
José Vitti também avaliou que o FCO tem um papel importante na empregabilidade do Centro-Oeste. Desde 1989, quando entrou efetivamente em funcionamento, já foram gerados 3.781.647 empregos em Goiás, sendo 177.221 apenas nos primeiros sete meses de 2021.
Municípios prioritários
Os 64 municípios prioritários são: Porangatu, Formosa, São Miguel do Araguaia, Niquelândia, Nova Crixás, Luziânia, Cabeceiras, Flores de Goiás, São João D’Aliança, Crixás, Água Fria de Goiás, Padre Bernardo, Fazenda Nova, Posse, Novo Planalto, Corumbá de Goiás, Faina, Santa Terezinha de Goiás, Campo Limpo de Goiás, Vila Propício, Mutunópolis, Araguapaz, Abadiânia, Iaciara, Campos Belos, Formoso, Bonópolis, Campinaçu, São Domingos, Pilar de Goiás.
E mais: Diorama, Alvorada do Norte, Montividiu do Norte, Monte Alegre de Goiás, Amaralina, Guarani de Goiás, Santa Rita do Novo Destino, Matrinchã, Morro Agudo de Goiás, Trombas, Cavalcante, Vila Boa, Baliza, Divinópolis de Goiás, Santa Tereza de Goiás, Santa Rita do Araguaia, Santa Rita de Goiás, Nova Roma, Mundo Novo, Guarinos, Uirapuru, Santo Antônio do Descoberto, Simolândia, Heitoraí, Matelândia, Sírio D’ Abadia, Guaraíta, Colinas do Sul, Águas Lindas de Goiás, Damianópolis, Mambaí, Novo Gama, Teresina de Goiás e Buritinópolis.
Fonte: Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (SIC) – Governo de Goiás