O Parque, que abriga um dos mais importantes conjuntos espeleológicos da América do Sul, conta com quase 300 atrativos. São feições como cavernas, grutas e dolinas, além da riqueza da fauna e flora exclusivas do ambiente cavernícola, bem como espécies do Cerrado ameaçadas de extinção
O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), lança Campanha “Terra Ronca: no coração do Brasil profundo existe um patrimônio da humanidade”. Seu objetivo é que o complexo de cavernas, que fica nos municípios de São Domingos e Guarani de Goiás, na região Nordeste do Estado, receba o reconhecimento de Patrimônio Natural Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Além do governo goiano, encabeçaram a campanha a Associação Ecológica de Monitores e Condutores Ambientais de Visitantes Do Parque Estadual Terra Ronca (AEMA), representantes da comunidade espeleológica, ONG Fundação Mais Cerrado, Instituto Espinhaço e o Conselho Nacional da Reserva da Biosfera do Cerrado, entre outras organizações da sociedade civil organizada. Presente no lançamento da mobilização a titular da Semad, Andréa Vulcanis, falou da importância histórica da campanha, já que 2021 é o Ano Internacional das Cavernas.
“O Parque Estadual de Terra Ronca é um lugar especial, de belezas naturais únicas e com um vasto complexo de cavernas pouco conhecido pelos brasileiros”, relata a secretária Andréa Vulcanis. A Unidade de Conservação (UC), bem como outros parques goianos, conta com investimentos e ações do Governo de Goiás para a implementação de medidas efetivas de preservação, desenvolvimento sustentável e fomento ao turismo.
PETeR
O Parque Estadual de Terra Ronca (PETeR), que abriga um dos mais importantes conjuntos espeleológicos da América do Sul, conta com quase 300 atrativos. São feições como cavernas, grutas e dolinas, além da riqueza da fauna e flora exclusivas do ambiente cavernícola, bem como espécies do Cerrado ameaçadas de extinção. Possui belezas cênicas como cascatas, cachoeiras e rios de águas cristalinas, com grande potencial para o desenvolvimento do ecoturismo.
O PETeR, com cerca de 57 mil hectares de área, foi criado no ano de 1.989 com o propósito de contribuir com a preservação da flora, fauna, os mananciais e, em particular, as áreas de ocorrência de cavidades naturais subterrâneas. Também o seu entorno conta com medidas protetivas, com atenção aos sítios naturais de relevância ecológica e reconhecida importância turística.
Reconhecimento
Os Sítios do Patrimônio Mundial Natural protegem áreas consideradas excepcionais do ponto de vista da diversidade biológica e da paisagem, como ocorre em Terra Ronca. Neles, a proteção ao ambiente, o respeito à diversidade cultural e às populações tradicionais são objeto de atenção especial. Os Sítios geram, além de benefícios à natureza, uma importante fonte de renda oriunda do desenvolvimento do ecoturismo.
No Brasil, existem vários Sítios do Patrimônio Mundial Natural. Desde 1977, o país é signatário da Convenção para a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural de 1972. Os sítios naturais que já obtiveram reconhecimento junto à Unesco como patrimônios mundiais são o Parque Nacional do Iguaçu, Costa do Descobrimento Reservas de Mata Atlântica, Mata Atlântica Reservas do Sudeste, Área de Conservação do Pantanal, Complexo de Conservação da Amazônia Central, Fernando de Noronha, Atol das Rocas e os parques Nacional da Chapada dos Veadeiros (PNCV) e Nacional das Emas (PNE). Esses dois últimos localizados no Estado de Goiás.