O Governo de Goiás encaminhou para a Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (24/06), projeto de lei que cria na estrutura administrativa do Executivo a Secretaria da Retomada. A novidade foi anunciada pelo governador Ronaldo Caiado, durante a solenidade de lançamento do Plano Safra 2020/2021 para o Estado, realizada no Palácio das Esmeraldas. “Estou revendo meu plano de governo para cuidar das pessoas”, disse
Segundo o governador, a nova pasta tem o objetivo de diagnosticar, antever e propor soluções para os desafios que começam a surgir nesse segundo momento da pandemia do coronavírus. A secretaria foi idealizada sem custos para o Poder Público, a partir de uma reorganização de cargos, como o de superintendentes, diretores e gerentes, para evitar sobreposições verificadas nas áreas de Indústria e Comércio; Desenvolvimento e Inovação; e Desenvolvimento Social. Com a supressão de alguns dos cargos, chegou-se a uma economia, de acordo com Caiado, de quase R$ 20 mil.
“Quando fui candidato, criamos uma estrutura de secretarias, baseada em nosso plano de governo de 2018. Agora são necessários reajustes diante do colapso fiscal encontrado quando assumimos a gestão e diante de uma pandemia. Por isso estou revendo meu plano de governo para cuidar das pessoas”, explicou o governador. Ele reforçou que, depois de trabalhar para evitar o alongamento da curva de crescimento da Covid-19 em Goiás, buscando recursos para aparelhar hospitais no interior – e, dessa forma, regionalizando o sistema de saúde público -, agora chegou o momento de cuidar das consequências econômicas e sociais advindas da crise sanitária.
Neste novo cenário, tornam-se reais perspectivas como desemprego, comprometimento de renda das famílias mais vulneráveis, migração de estudantes de escolas particulares para públicas, cancelamento de planos de saúde, com o esperado aumento da demanda no setor público, e dificuldades de pequenos empresários. Em relação a este último panorama, por exemplo, o governador disse que vai trabalhar para “avançar no crédito subsidiado do FCO [Fundo Constitucional do Centro-Oeste] para que haja capital de giro necessário para a sobrevivência das pequenas empresas”.
“Temos que ter uma política social muito forte para que o braço do Estado não falte a essas pessoas, famílias e municípios mais carentes”, defendeu Caiado. Segundo ele, o momento também é de alianças e união de esforços entre todos os poderes e segmentos da sociedade civil para que prioridades sejam definidas rapidamente e não se perca tempo com “situações acessórias”.