O governador Tarcísio de Freitas participou nesta quinta-feira (2) da abertura oficial do novo edifício da Pinacoteca Contemporânea, na cidade de São Paulo. Ele esteve acompanhado pela primeira-dama e presidente do Fundo Social de São Paulo (Fussp), Cristiane Freitas; pelo vice-governador Felicio Ramuth, e pela secretária da Cultura e Economia Criativa, Marília Marton.
A construção do espaço foi possível graças a uma parceria entre o Governo de São Paulo, que aportou R$ 55 milhões, e patrocinadores privados captados pela Organização Social Associação Pinacoteca Arte e Cultura (APAC), que acompanharam as obras desde sua fase inicial.
“Que honra, estou muito feliz de estar aqui, assistindo esse novo capítulo da nossa Pinacoteca. Ela é mais uma componente que faz com que São Paulo tenha a cultura mais forte do Brasil. Vamos trabalhar muito para que continue sendo assim, para que a cultura continue gerando progresso, gerando divisas e sendo um elemento de transformação da sociedade”, afirmou Tarcísio de Freitas.
O espaço estará aberto ao público a partir deste sábado (4), com duas exposições inaugurais: Quase Coloquial, da artista sul-coreana Haegue Yang, e Chão da praça: obras do acervo da Pinacoteca. Uma programação especial com diversas atrações musicais e com a apresentação da mostra Chico da Silva e o Ateliê do Pirambu ocupa o principal espaço expositivo da Pinacoteca Luz.
“Esse é um grande investimento do Governo do Estado. Um museu aberto com uma gama de ofertas, como biblioteca, centro de documentação, ateliês educativos, café e loja com vista para a copa das árvores do centenário Parque da Luz.”, destacou a secretária da Cultura e Economia Criativa, Marília Marton.
Com potencial para receber até 1 milhão de visitantes por ano, o edifício da Pinacoteca Contemporânea conta com uma grande praça pública coberta, com 1.339 m², dois ateliês para atividades educativas, a loja do museu e um pavilhão onde está localizada a Galeria Praça, com 200 m², que recebe a exposição Haegue Yang: Quase Coloquial.
Com 1.000m², a Grande Galeria, situada no subsolo, recebe a mostra Chão da Praça: obras do acervo da Pinacoteca. Um mezanino com vista para o Parque da Luz, onde está localizada a cafeteria, complementa o projeto do edifício, criando um ambiente que cumpre os requisitos fundamentais para um museu do século 21, ao mesmo tempo em que é amigável, inclusivo e acessível. No prédio está também a Biblioteca da Pinacoteca de São Paulo e o Centro de Documentação do Museu.
Com uma programação integrada entre os prédios, em 2023 a Pinacoteca de São Paulo seguirá apresentando uma consistente pesquisa em torno de nomes históricos e contemporâneos da arte brasileira, em diálogo com renomados artistas internacionais, dando visibilidade para uma multiplicidade de linguagens, temas e produções.
Sobre as exposições
Pinacoteca Contemporânea
O ano começa com a abertura da Pina Contemporânea, recebendo as mostras inaugurais do novo espaço, Quase Coloquial, de Haegue Yang e Chão da Praça: obras do acervo da Pinacoteca.
Primeira grande mostra da artista sul-coreana Haegue Yang na América Latina, Quase Coloquial tem curadoria de Jochen Volz e inaugura a Galeria Praça, na Pinacoteca Contemporânea. A exposição consiste em cinco grupos de trabalhos baseados em larga pesquisa conceitual da artista reconhecida pela prática que passa por esculturas, instalações, obra em papel, fotografia e vídeo.
Investigando o estudo coletivo sobre forma, funcionalidade e racionalidade, a artista dialoga com a história da cultura brasileira em obras como Cantos Empilhados (2022) e a colagem Estrangeiro Coloquial (2021), trabalho desenvolvido especialmente para esta exposição.
Com coordenação curatorial de Ana Maria Maia, curadora chefe da Pinacoteca, e Yuri Quevedo, a mostra Chão da Praça: obras do acervo da Pinacoteca, reúne cerca de 60 obras do acervo de arte contemporânea, em montagem pautada pelo desejo de falar sobre narrativas de atravessamento, vizinhanças e transcendências. Apresentando artistas diversos, pertencentes a diferentes gerações, perfis identitários, regiões do País e circuitos de produção, obras como Parede da Memória (1994-2015), de Rosana Paulino, Máscara de Ritual Tukano I, de Duhigó e Estrutura Dissipativa / Gangorra (2013), de Rommulo Vieira Conceição, podem ser vistas na Grande Galeria.
Na performance Modificação e Apropriação de uma Identidade Autônoma (1980), de Gretta Sarfatty, o deslocamento individual de uma mulher destitui as camadas de um cubo confeccionado para abarcar (e, nesta medida, comportar) seu corpo e sua subjetividade. Esta performance será apresentada na abertura da exposição. Nesta ocasião, a artista Val Souza é convidada a interpretar o roteiro histórico, trazendo-o para seu corpo e sua experiência.
Pinacoteca Luz
A Pina Luz recebe, a partir deste sábado, a maior exposição individual já realizada sobre o artista Chico da Silva (1910-1985), reunindo coleções públicas e particulares em um recorte que vai de 1943 a 1984.
Chico da Silva e o Ateliê do Pirambu ocupa a principal galeria expositiva da Pinacoteca Luz e convida o público a conhecer o legado do artista, que foi um dos responsáveis por transformar o cenário artístico cearense a partir da década de 1940 com suas composições fabulares repletas de monstros mitológicos, animais fantásticos e outros personagens. Com curadoria de Thierry de Freitas, a mostra apresenta 124 trabalhos.