No debate promovido pela TV Cultura, no último domingo (15/9), com candidatos à Prefeitura de São Paulo, um episódio polêmico ganhou destaque. O influenciador e candidato Pablo Marçal (PRTB) utilizou uma gíria do mundo carcerário para provocar o adversário José Luiz Datena (PSDB). Marçal chamou Datena de “Jack”, um termo amplamente conhecido nas penitenciárias brasileiras para designar detentos acusados ​​de crimes sexuais, especialmente estupros. A origem da expressão está ligada à figura de “Jack, o Estripador”, um assassino em série do século XIX, cuja notoriedade influenciou a

A fala de Marçal foi uma referência a uma acusação de assédio sexual feita contra Datena em 2019 por uma funcionária da TV Bandeirantes. Na época, Datena negou as denúncias, e o caso foi arquivado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) por falta de provas. A acusada posteriormente se retratou publicamente em cartório, pedindo desculpas a Datena e à sua família

O uso da gíria “Jack” durante o debate gerou um efeito imediato. Visivelmente ofendido pela provocação e pelo tom das acusações, Datena reagiu atirando uma cadeira na direção de Marçal. O clima de tensão levou à interrupção do debate, e Datena acabou sendo expulsa do evento. Após o incidente, Marçal deixou a emissora e foi para o hospital, alegando ter se ferido na confusão

O episódio marcou um dos momentos mais conturbados da campanha eleitoral paulistana, evidenciando uma crescente hostilidade nos debates públicos.