O diretor do Museu Nacional do Rio de Janeiro (MNRJ), Alexander Kellner, considerou “muito proveitosa” a reunião que teve hoje (15), pela internet, com o ministro da Educação, Milton Ribeiro. “O ministro foi muito receptivo, pudemos conversar sobre novos projetos e o ministro se comprometeu a tentar ajudar o MN dentro de suas possibilidades, como prometeu também uma visita para ver ‘in loco’ a situação da instituição científica mais antiga do nosso país, que é o Museu Nacional”, disse Kellner à Agência Brasil.
O diretor afirmou que está mantida a perspectiva de reabrir parcialmente o museu durante as comemorações do bicentenário da Independência do Brasil, em 2022. “Seria muito triste se a gente deixasse o local onde tudo começou fechado. Eu acho que a gente pode fazer melhor”. Segundo Kellner, há boa vontade do ministério para que parte da reabertura aconteça na data.
Alexander Kellner avaliou que o andamento da reconstrução do museu, atingido por incêndio de grandes proporções no dia 2 de setembro de 2018, está indo bem, apesar da pandemia do novo coronavírus que obrigou a gestão a ser feita à distância. “Estamos na fase de confecção de projetos, estamos tomando decisões, escolhendo propostas. Dentro desse contexto, a gente está muito entusiasmado. A data de abrir em 2022 continua vigente”.
Expectativa
A expectativa é iniciar as obras de consolidação dos ornatos, que têm de ser preservados e depois restaurados, em novembro próximo, “se a pandemia permitir”. A obra total de reconstrução do museu está orçada em mais de R$ 370 milhões, incluindo a restauração do Palácio do Paço da Quinta da Boa Vista e a reserva técnica, e tem previsão de conclusão em 2025. O montante não inclui, entretanto, o acervo do museu. Dos R$ 370 milhões, já foram obtidos R$ 164 milhões. Negociações se encontram em curso com outros potenciais patrocinadores para conseguir os recursos restantes. Com o ministro, o diretor do MNRJ disse ter abordado também a possibilidade de outros financiamentos.
Alexander Kellner revelou que as obras estão atrasadas, não apenas devido à pandemia, mas porque a empresa de construção Technische, que venceu a licitação, não entregou os projetos para a fachada e os telhados do museu. “Ela está um pouco atrasada. Mas prometeu entregar em breve”, adiantou. O diretor destacou também o empenho e competência da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), à qual a instituição está vinculada, “que tomou para si o projeto Museu Nacional Vive e está fazendo tudo o que pode para nos ajudar”.
De acordo com a assessoria de imprensa do ministério, não há previsão de divulgação de informações sobre a videoconferência entre o ministro e o professor Kellner.