Cadetes de Força Aérea são vítimas de surto de sarampo em SP

Ainda há mais 25 profissionais aguardando resultado de exames, o que pode elevar para mais de 100 o número de infectados

Em um mês, um surto de sarampo atingiu pelo menos 76 cadetes da Academia da Força Aérea (AFA) de Pirassununga-SP. Ainda há mais 25 profissionais aguardando resultado de exames. Caso os resultados sejam positivos para a doença, o número de infectados chegará a 101.

Os casos começaram a ser registrados no dia 31 de janeiro. Nas semanas seguintes, o vírus se proliferou entre os cadetes. No dia 21 de fevereiro, a AFA de Pirassununga passou por bloqueio vacinal, e os cadetes foram isolados por quatro dias como medida protetiva.

O total de casos já confirmados representa 11% dos 692 cadetes que atualmente estão na academia, cujo curso tem duração de quatro anos. Dos 76 cadetes infectados, 75 são alunos do primeiro ano do curso de formação.

“O período de adaptação é muito intenso, com estresse, e a imunidade fica comprometida. Confinamento e baixa do sistema imunológico são o cenário para atrair o sarampo”, disse a enfermeira Patrícia Isabela Cascardo Mellário, coordenadora na Vigilância Epidemiológica de Pirassununga.

Sem espalhar para o município

A Vigilância Epidemiológica de Pirassununga considera que o surto tem área geográfica limitada à academia e que não há registros de casos no restante do município de 76 mil habitantes.

A cidade está em campanha de vacinação desde fevereiro, que será concluída no próximo dia 13. O foco é atender moradores com a carteira de vacinação desatualizada.

Segundo dados do Ministério da Saúde, no ano passado 526 municípios confirmaram casos de sarampo em 23 Unidades da Federação. São Paulo teve o maior número de casos, distribuídos em 259 municípios, seguido de Paraná, Rio de Janeiro, Pernambuco, Santa Catarina, Minas Gerais e Pará.

Informações do Jornal de Brasília