Todos torcem pelo retorno da chuva na cidade, afinal, alguns dos reservatórios do DF estão beirando os 6% e a possibilidade de faltar água em Brasília torna-se cada vez mais real, mas as chuvas trazem para algumas comunidades medo e prejuízos. As primeiras chuvas fortes em Brasília causaram transtornos em diversas regiões. No Sol Nascente, em Ceilândia, houve alagamentos e o asfalto foi destruído na avenida principal, afetando a tubulação de água. Em um condomínio em Sobradinho 2 um homem foi soterrado pelos escombros de um muro que desabou.
No senso de 2010, o bairro do Sol Nascente – Ceilândia, disputava com a Rocinha – RJ, o título de maior favela da América Latina, com o aumento populacional de lá para cá, possivelmente já tenha ultrapassado a rival do Rio de Janeiro. O fato de ser favela ou não está ligado a questão de equipamentos públicos instalados no local.
A falta de investimento do poder público é notório, mesmo as propagandas do governo tentando dizer o contrário. Afinal, quantas escolas temos no Sol Nascente? Quantos hospitais? Quantas delegacias ou batalhões temos por lá? Pelo que se sabe existe apenas uma escola, depois de muita luta da comunidade.
Na última quarta (01) e quinta-feitra (02) a chuva e o vento passaram pelo Sol Nascente fazendo alguns estragos. Próximo a via do P Norte, parte de um sobrado caiu danificando outras casas ao redor. Além disso, na via principal do Condomínio Vitória, o asfalto cedeu tragando dois carros e um caminhão. Em nenhum dos casos, houve vítimas, segundo a Defesa Civil.
Na via principal do Condomínio Vitória, no trecho II, não foi possível fazer a retirada de todos os carros. Ainda há perigo de que com novas chuvas outros trechos da pavimentação ceda e o buraco fique maior. Alves Araújo, 37, se assustou quando viu a situação. Ele diz que essa foi a primeira a chuva mais forte na região e durou pouco mais de dez minutos.
Ele estava no momento que o asfalto cedeu e afirma que foi uma correria para tirar todo mundo dos carros que ficaram no buraco. “Antes era buraco é poeira. Agora, é mais buraco e chuva”, afirma Alves. Ele reclama que as obras de infraestrutura começaram há muito tempo mas nada é concluído.
A Defesa Civil avaliou a rua e informou que ela permanecerá interditada até a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) conseguir encontrar o local onde teria ocorrido um entupimento da tubulação de esgoto. O subsecretário de Defesa Civil, Sérgio Bezerra, afirma que devido a obstrução e a falta de asfalto, a água foi “escavando” por baixo da superfície. Como a terra não está bem compactada, os buracos se abrem.
Em nota a Caesb informou que tão logo tomou conhecimento da situação deslocou para o local uma equipe para verificar o que aconteceu e tomar as providências cabíveis.
Segundo a subsecretaria de relações com a imprensa uma força-tarefa do Governo de Brasília irá se deslocar ao Sol Nascente na manhã de hoje (03) para acompanhar os trabalhos de recuperação dos estragos depois das chuvas. Representantes do governo estiveram reunidos no canteiro de obras do trecho 2, por volta de 10h, após a reunião percorreram as áreas atingidas.
Com informações do Jornal de Brasília
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