Em nossa vida passamos por algumas fases. Na infância não temos noção da maldade humana. Acreditamos que somos pessoas boas, que fazemos o bem e que todos gostam da gente. Na adolescência percebemos que somos chatos e que algumas pessoas também são chatas, nem todos gostam da gente. Na fase adulta percebemos que nossa competência incomoda mais que nossa incompetência, que nosso fracasso interessa mais as pessoas que o nosso sucesso e que tem mais gente que não gosta da gente do que aqueles que realmente se importam com nosso bem estar.
Não acredito em “teorias da conspiração”, mas gosto de analisar os fatos. Já tive a fase de achar que sou um cara gente boa que quer o melhor para a PMDF e que por isso as pessoas gostavam de mim. Lêdo engano. Já tive a fase de não ter noção do alcance do Blog, do impacto do meu livro e das  palavras que escrevo nesse espaço virtual. Creio que eu esteja chegando na fase adulta dentro da Corporação. O mundo não é tão colorido e a vida não é tão fácil.
Nunca escondi minha posição de militante do Partido Democrático Trabalhista, nem minha militância pela reforma policial no Brasil, além do combate a violência policial. Não imaginava que incomodava, acreditava que estava sendo útil a nossa polícia e aos companheiros que tive contato em minha caminhada.
Em outubro do ano passado em uma campanha difícil elegemos um companheiro de partido, Deputado Distrital, quando fui convidado a compor seu gabinete. No segundo dia do início da legislatura um ofício foi enviado ao Presidente da Câmara solicitando minha requisição para ser Segurança Parlamentar, já que nós policiais não podemos exercer a função de assessoria parlamentar efetivamente, o ofício deveria ser encaminhado pela presidência da Câmara Legislativa para Casa Militar, dois ofícios foram enviados no mesmo dia, somente o meu foi encaminhado para a Secretaria de Governo, onde meus problemas começaram.
Em resposta, naturalmente, aquela secretaria informou que não era responsável por aquela pasta. O ofício chegou na PM em meados do mês de março e ficou “engavetado” na chefia de gabinete do GCG até eu ter uma conversa com a chefe da seção que “tramitou” a documentação, mas não surtiu muito efeito. Outro ofício foi enviado pela presidência da Câmara Legislativa, onde foi protocolado na Casa Militar e deu-se início ao processo no mês de abril. Chegando na Secretaria Geral da PM em 09 de maio desse ano, sendo novamente engavetado por (02) dois meses, até mais uma vez eu ter uma conversa com o chefe da seção que me explicou o “trâmite” legal. O que eu compreendi, até ver vários processos posteriores ao meu sendo passados na minha frente. Atualmente, meu processo encontra-se no DGP, há três semanas. Faltando apenas a assinatura do comandante geral em cima de uma mesa. Já o levaram três vezes para ser despachado pelo comando. A primeira vez subiu juntamente com a documentação do Major Silvestre, a dele foi para a Casa Militar e meu processo retornou para a “gaveta”.
Não desabafo aqui o fato de não ter ido ainda. Procuro compreender o porque o processo não segue normalmente dizendo apenas deferido ou indeferido. Nesse período tirei duas férias, abonos, recessos regulamentares e hoje vivo em um limbo, não estou onde deveria, nem em minha unidade, somente fisicamente. Preciso de uma solução simples, ou sim, ou não!
Saiba mais, lendo o Ofício que solicita minha requisição encaminhado para a Secretaria de Governo ao invés da Casa Militar:
Ofício Aderivaldo 

Sinto-me como um escravo em busca da CARTA DE ALFORRIA. Percebo como foi a luta e as dificuldades de meus ancestrais…