Hoje saiu no Diário Oficial do DF a nomeação do Coronel Márcio Pereira da Silva para a Chefia da Casa Militar do DF. Em nota a imprensa o Governo de Brasília afirmou que:
“Com a passagem dos Coronéis Hamilton Esteves e Claudio Ribas para a reserva remunerada, assume o cargo de Comandante Geral do Corpo de Bombeiros o Coronel Luís Claudio e a Chefia da Casa Militar, o Coronel Márcio Pereira.“
Conheço o Coronel Márcio há exatos dez anos, nos conhecemos na Diretoria de Pessoal da PMDF, em especial, na extinta Seção de Recrutamento e Seleção. Ele era Major e eu soldado. Fui seu subordinado por algum tempo, até eu ser designado para servir na Inspetoria Geral da Força Nacional.
O coronel Márcio é um oficial diferenciado. Formado em Administração, educado, grande gestor e aberto ao diálogo, qualidades que o fizeram se destacar por onde passou.
No meio da tropa ele não é muito conhecido, mas nos bastidores sim. Oficial da primeira turma, muito respeitado, serviu em Samambaia quando mais novo, foi oficial de inteligência, destacou-se na antiga Siv-solo, foi chefe do recrutamento e seleção no período de entrada do CFP I e II, Subsecretário de Administração da Casa Militar, Chefe de comunicação da Casa Militar, Chefe da Comunicação Social da PM, Subsecretário da SIOSP, Secretário Adjunto de Segurança Pública, Subsecretário de Ordem pública e agora Chefe da Casa Militar. Teve um currículo extenso.
Lembro bem do esforço dele durante a entrada do CFP I e II, era ano eleitoral e precisávamos homologar o concurso antes das limitações eleitorais. Seu dinamismo fez a diferença. Outro ponto que lembro bem foi quando o CFO esteve suspenso quando foi exclusivo para bacharéis em direito. Ele fez uma explanação defendendo a diversidade de cursos e de pensamentos. Sua base foi um trabalho do Rio Grande do Sul chamado: “Os data vênia.”
Esteve presente em outros momentos políticos. Lembro-me bem das discussões para operacionalizar o reajuste do auxílio alimentação, dos 15% no governo Agnelo e posteriormente do Auxílio Moradia. Sempre foi um bom ouvinte e um bom articulador nos bastidores. Como disse, um oficial diferenciado. O período que a comunicação social mais cresceu e se desenvolveu na PM foi em sua chefia. Tornou-se mais dinâmica e contemporânea. Ainda resta um pouco de sua marca por lá.
Mas o ponto que mais me marcou foi sua presença como amigo. Quando meu filho faleceu foi um dos primeiros a ir para a casa do meu pai. Sua amizade e lealdade nos momentos difíceis são incontestáveis. Nunca esquecerei sua mão amiga e suas palavras de conforto, tanto em tempos de paz quanto em tempo de guerra.
Fico extremamente feliz por vê-lo chegar a Casa Militar. Neste ponto, o governador teve uma feliz escolha. O momento não ajuda muito, pois sei que poderia fazer muito mais. Tenho convicção que a Casa Militar estará bem representada em sua pessoa. Desejo a ele todo o sucesso do mundo. Que Deus possa dar-lhe força, sabedoria e visão para conduzir os trabalhos em perfeita ordem.
Fonte: Blog do Aderivaldo Cardoso