Responsável por atender 600 mil habitantes e realizar aproximadamente 6 mil partos por ano, o Hospital Regional da Ceilândia (HRC) agora se prepara para lidar com o potencial avanço do coronavírus (COVID-19) na região, que tem alta concentração de pessoas e baixo índice de desenvolvimento econômico.
A fiscalização do Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF) esteve na unidade e constatou que, embora neste momento a situação esteja sob controle, o cenário é preocupante e merece atenção especial do governo.
“Do ponto de vista da Enfermagem, a equipe está preparada. Os protocolos foram definidos, estão muito bem elaborados e praticamente 100% dos profissionais que atuam no hospital receberam qualificação. A gente percebe o clima de proatividade no ar”, conta a Conselheira Dra. Leila Gottems, que realizou a fiscalização ao lado da agente Ingrid Barros. “Por outro lado, no que se refere aos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), existem, mas não em quantidade suficiente para fazer a troca de máscara a cada 4 horas, conforme o protocolo da própria instituição. Também não há óculos de proteção para todos”, completa.
Outro problema grave é má distribuição dos dispensers de álcool gel. Nos pontos de atendimento, tem disponível. Nos corredores e na área administrativa, não. Os próprios funcionários levam o produto e improvisam como podem para se proteger melhor. Segundo a fiscalização do Coren-DF, essa situação somada a escassez de EPIs compromete o esforço e a segurança da equipe.
É urgente que a Secretaria de Saúde faça a aquisição e a distribuição do material necessário para que não falte quando for mais necessário. O cenário é preocupante e as autoridades já foram comunicadas para a adoção de providências urgentes.
Fonte: Diário de Ceilândia com informações da Ascom Coren-DF