Começa a valer nesta segunda (8) o decreto do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, assinado no último sábado (6), a fim de restringir várias atividades nas Regiões Administrativas de Ceilândia, Sol Nascente/Pôr do Sol e Estrutural. A reportagem conversou hoje à tarde com comerciantes sobre a decisão do GDF em paralisar as atividades neste momento.
Segundo o documento, a contar de 00h01min desta segunda-feira, ficam suspensos, por 72h, 10 setores da região. Entre eles, estão: estabelecimentos comerciais, de qualquer natureza, inclusive bares, restaurantes, lojas de conveniências e afins; cultos e missas de qualquer credo ou religião; salões de beleza e centros estéticos; parques ecológicos, recreativos, urbanos e vivenciais, por exemplo.
O último boletim da Secretaria de Saúde (SES-DF) mostra que a região de Ceilândia, Sol Nascente/Pôr do Sol e Estrutural chegou a 41 mortes e 1798 casos confirmados do novo coronavírus, sendo 18 novos diagnósticos. Mas há moradores conscientes da decisão, embora não concordem. É o caso de Marcos Antonio, 48 anos, que é gerente de uma loja de sapatos no Centro de Ceilândia. Para ele, o fechamento é necessário, mas poderia ter ocorrido no início da pandemia no Distrito Federal.
“No momento eu temo o contágio sim, porque muitas pessoas não estão dando crédito a essa pandemia. Entendo que é um alerta porque se não vai continuar fechado. No primeiro momento, chama a atenção, porque aqui a gente vê muitas pessoas que não estão levando isso aí [a pandemia] a sério. Eu venho trabalhar pela necessidade, mas tenho medo de pegar o vírus. Mesmo usando álcool em gel, máscara, mantendo a distância, fazendo o nosso papel, a gente fica receoso”, analisa.
O gerente conta que tem limpado o piso pela manhã com água sanitária e higienizado os sapatos como uma das formas de prevenir os funcionários do novo coronavírus. “Na hora de passarmos cartão dos clientes, passamos álcool na máquina para poder atender o próximo cliente. Creio que isso vai chamar muita atenção, porque ou muda ou fecha. Se a gente tivesse feito esse trabalho de conscientização, talvez o período fechado não seria esse todo. O tempo que já se passou, fica mais difícil de se controlar”, complementa Marcos.
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Da redação do Policiamento Inteligente com informações do Jornal de Brasília