Equipe de auditores fiscais do Instituto Brasília Ambiental, por meio da Superintendência de Fiscalização Ambiental (Sufam), realizou, na manhã desta segunda-feira (24), uma operação de retirada de 11 ocupações irregulares no Parque Ecológico Riacho Fundo. Além do órgão ambiental, participaram da operação o DF Legal, a Seagri, a Caesb, a Neoenergia, a PMDF e o Conselho Tutelar da região.

No Parque Ecológico Riacho Fundo, as invasões ameaçam, além da fauna e da flora, as diversas nascentes existentes. Isso dificulta o processo de regeneração da área já desocupada na cabeceira do ribeirão Riacho Fundo, região de campo de murundus e área de recarga de aquífero.

O superintendente da Sufam, David Ferreira, ressalta que a retirada é necessária porque a permanência de ocupações irregulares nas Unidades de Conservação (UCs) contribui para a degradação de importantes recursos naturais.

“As ações terão continuidade até a remoção de todas as ocupações no interior da poligonal daquela unidade”, completa.

Grileiros

Segundo a Sufam, as ações de fiscalização têm sido realizadas com intensidade no Parque desde 2019, quando ocorreu a Operação Generous, feita pela Polícia Civil, que efetuou a prisão de uma organização criminosa de grileiros na Região.

Desde então, já ocorreram cerca de 20 operações. Todas com relatórios registrados em processos constantes no Sistema Eletrônico de Informações (SEI).

Diversidade

O Parque Ecológico Riacho Fundo foi criado pelo Decreto-lei nº 1.705/97  com o objetivo de garantir a diversidade biológica da fauna e flora locais, preservando o patrimônio genético e a qualidade dos recursos hídricos disponíveis.

A UC abrange uma área de 480 hectares, possuindo estrutura de educação ambiental com sala de aula, galpão coberto e trilha ecológica. Parte do ribeirão Riacho Fundo, inclusive suas nascentes, situam-se no interior do parque.

A área engloba grande extensão de mata, vegetação nativa de cerrado, pastos e bosques de espécies exóticas. Está aberta à comunidade das 8h às 12h e das 13h30 às 17h, com entrada franca.

*Com informações do Brasília Ambiental