O vice-governador do Distrito Federal, Paco Brito, passou a manhã deste sábado em Ceilândia. Ao lado da esposa, Ana Paula Hoff, e do administrador de Ceilândia, delegado Fernando Fernandes, além de de outras autoridades, ele prestigiou o desfile cívico em comemoração aos 48 anos da região administrativa, que aconteceu na Via M1 Sul, na frente da Administração Regional. E os parabéns vieram com o tradicional corte do bolo.
“É uma data muito especial. Ceilândia é a maior cidade do DF. Muitas pessoas vieram para cá em 1972 e deram início ao nome da cidade. Parabéns, ceilandenses”, destacou o vice-governador.
A Banda do Corpo de Bombeiros do DF deu início às festividades tocando o Hino Nacional. O grupo Pas de Libras fez a interpretação. Em seguida, as bandeiras do Brasil, do Distrito Federal e de Ceilândia, além de uma faixa comemorativa pelo aniversário da cidade puxaram o desfile.
Além das faixas com dizeres como: “Educar a mente sem educar o coração não é educação”, “Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina” e “Quem ensina com amor educa para a vida toda”, os alunos também levaram para a festa bandas de percussões e coreografias.
Forrozeiros, equipes da Valor Ambiental, projetos sociais da região e escolas de samba participaram do desfile, encerrado com a Banda de Música da Polícia Militar e viaturas do Corpo de Bombeiros Militar.
A programação contou, também, com serviços sociais, como Carreta da Mulher, o Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER), Escola de Trânsito, emissão de carteiras de identidade pela Polícia Civil e atendimentos da Delegacia da Mulher, além dos bombeiros e da Delegacia Móvel da Polícia Civil, que fizeram diversos atendimentos aos cidadãos.
A história
Em 1969, com apenas nove anos de fundação, Brasília tinha 500 mil habitantes. Entre eles, 79.128 moradores, que viviam em 14.607 barracos.. Naquele ano, foi realizado um seminário sobre problemas sociais no Distrito Federal. Reconhecendo a gravidade do problema e suas conseqüências, o governador Hélio Prates da Silveira (gaúcho de Passo Fundo) solicitou a erradicação das favelas à Secretaria de Serviços Sociais, comandada pelo potiguar Otamar Lopes Cardoso. No mesmo ano, um grupo de trabalho passou a analisar a questão e, depois, a se chamar Comissão de Erradicação de Favelas.
Foi criada, então, a Campanha de Erradicação das Invasões – CEI, presidida pela primeira-dama, dona Vera de Almeida Silveira. Em 1971, já estavam demarcados 17.619 lotes, de 10×25 metros, numa área de 20 quilômetros quadrados – depois ampliada para 231,96 quilômetros quadrados, pelo Decreto n.º 2.842, de 10 de agosto de 1988, ao norte de Taguatinga nas antigas terras da Fazenda Guariroba, de Luziânia (GO), para a transferência dos moradores das invasões do IAPI; das Vilas Tenório, Esperança, Bernardo Sayão e Colombo; dos morros do Querosene e do Urubu; e Curral das Éguas e Placa das Mercedes, invasões com mais de 15 mil barracos e mais de 80 mil moradores. A Novacap fez a demarcação em 97 dias, com início em 15 de outubro de 1970.
Em 27 de março de 1971, o governador Hélio Prates lançava a pedra fundamental da nova cidade, no local onde está a tradicional Caixa D’Água. Às 9h daquele sábado, tinha início, também, o processo de assentamento das 20 primeiras famílias da invasão do IAPI. O secretário Otomar Lopes Cardoso deu à nova localidade o nome de Ceilândia, inspirado na sigla CEI e na palavra de origem norte-americana “landia”, que significa cidade (o sufixo inglês estava na moda). Foi oficiado, na chegada das famílias ao assentamento, um culto ecumênico em ação de graças. Estava criada aquela que seria, no futuro, uma das mais importantes cidades do DF.
Informações da Agência Brasília/Administração Regional de Ceilândia