O Núcleo de Radiologia do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) está passando por uma significativa reforma de seu espaço físico. A previsão é de que no início de 2025 a reforma completa seja entregue e estejam disponíveis para o uso com espaço exclusivo com a instalação de um novo aparelho de ressonância magnética.
Essa reestruturação estende-se para atender às demandas da Hemodinâmica com as novas salas e um novo aparelho angiógrafo. Todas essas modernizações do espaço físico prometem elevar ainda mais a qualidade dos exames realizados, impactando diretamente no diagnóstico e no tratamento dos pacientes.
O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) é o maior hospital público do Centro-Oeste e um gigante da alta complexidade que se destaca pela excelência de seus serviços e, mesmo com o foco em cirurgias complexas em diversas especialidades, também possui um robusto serviço de Radiologia, fundamental para o diagnóstico e tratamento de diversas patologias.
De janeiro a outubro de 2024 foram realizados 214.817 exames, entre raios-x, tomografias, ultrassonografias, mamografias e densitometrias ósseas, entre outros. A média mensal de exames realizados este ano é de impressionantes 9.170 exames de raios-X, 9.393 tomografias, 1.783 ultrassonografias, 581 mamografias e 282 densitometrias ósseas, totalizando uma média de 21 mil exames por mês.
De acordo com Eva Muniz, Chefe do Núcleo de Radiologia e Imagenologia do Hospital de Base, “a quantidade de exames que realizamos mostra a importância da radiologia no diagnóstico precoce e na continuidade do tratamento dos nossos pacientes”.
O Núcleo de Radiologia não executa apenas exames, mas colabora ativamente com diversas especialidades médicas. O chefe do serviço de Oncologia do HBDF, Dr. Daniel da Motta Girardi destaca a importância dos exames radiológicos. “Os exames são fundamentais para entender o volume da doença oncológica e determinar se está localizada ou se já se espalhou.” Para ajudar a oncologia, a tomografia é a ferramenta mais utilizada, seguida da ressonância magnética, enquanto o PET CT, equipamento também disponível no Hospital de Base, é empregado em casos específicos, como tumores mais avançados.
A radiologia também desempenha um papel vital no diagnóstico de doenças digestivas. O chefe do serviço de Gastrologia do HBDF, Dr. José Trevisoli, lembra que a imagem é fundamental e permite um diagnóstico mais preciso para um tratamento mais eficaz. “A tecnologia avançou muito e permite a identificação de doenças e alterações anatômicas de forma precisa. O serviço de radiologia é um parceiro importante do serviço de gastrologia, cooperando na realização de exames, procedimentos e discussão de casos”, disse. Os exames mais solicitados pela gastrologia incluem a ecografia e a tomografia abdominal, além da ressonância magnética.
A radiologia intervencionista, também desempenha um papel crucial em procedimentos como biópsias de órgãos abdominais e drenagens de coleções líquidas e abscessos intra-abdominais. “Drenagens de abscesso hepático ou pancreáticos, por exemplo, são procedimentos que antigamente eram realizados por cirurgia, com maior morbidade e custo”, explica Dr. Trevisoli.
Os laudos da radiologia de exames de urgência são entregues em um prazo de até duas horas, facilitando o fluxo de trabalho e garantindo que o diagnóstico chegue rapidamente a quem precisa. De acordo com a Gerente de Apoio e Diagnóstico Terapêutico, Elaine Araújo, “essa agilidade é fundamental, especialmente em áreas como a Oncologia, onde decisões rápidas podem fazer toda a diferença no tratamento dos pacientes”. O Dr. Daniel acrescenta que a qualidade dos laudos e a possibilidade de discutir os resultados com a equipe de radiologia são essenciais para que os oncologistas possam indicar o tratamento adequado, que pode variar entre oncoterapia, radioterapia ou cirurgia.
Para garantir a precisão nos diagnósticos, a equipe de radiologia conta com médicos radiologistas e profissionais da Teleradiologia. “Utilizamos tecnologias de ponta, como angiotomografias e a nova ressonância magnética, cruciais para a detecção de doenças”, explica Elaine. Dr. Daniel lembra que a precisão nos diagnósticos é vital, pois “o tratamento depende de quão bem entendemos a sua condição”.
fotos por Alberto Ruy/IgesDF