Na Universidade de Brasília (UnB), o campus está envolto em um clima de mobilização, com servidores técnicos-administrativos e professores unidos em uma greve por melhores condições de trabalho e educação. Desde março, os técnicos-administrativos aderiram ao movimento nacional em defesa da reestruturação da carreira e da recomposição salarial, enquanto os professores, em assembleia-geral realizada na semana passada, votaram pela paralisação em busca de avanços na campanha salarial de 2024.

As demandas dos servidores são claras e abrangentes: além de reajustes salariais substanciais, que variam de 22,71% a 34,32% dependendo da categoria, eles pedem uma reestruturação das carreiras tanto técnico-administrativas quanto docentes. Além disso, exigem a revogação de normas consideradas prejudiciais à educação federal, a recomposição do orçamento e o imediato reajuste dos auxílios e bolsas dos estudantes. Outras demandas incluem a oposição ao ponto eletrônico e o fim da lista tríplice nas eleições para a reitoria.

Enquanto isso, a administração da UnB assegura que, apesar da greve, serviços essenciais serão mantidos. O pagamento, segurança patrimonial, laboratórios de pesquisa vitais, arrecadação de receitas, programas de assistência estudantil e outros processos seletivos em andamento serão priorizados. A universidade expressa seu compromisso com a educação pública de qualidade e a esperança de uma resolução rápida das negociações entre o governo federal e as categorias em greve.

A greve destaca os desafios enfrentados pelos servidores e a importância de um diálogo construtivo entre as partes envolvidas. Enquanto a comunidade universitária aguarda uma resolução, fica claro que tanto os servidores quanto a administração da UnB estão empenhados em garantir um ambiente de trabalho e estudo que atenda às necessidades de todos os envolvidos.