O pedido apresentado pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) não foi bem visto pelo ministro Alexandre de Moraes. O desejo dos distritais de ter acesso a documentos de investigações do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre o 8 de janeiro, foi negado pelo relator do caso.
Os deputados atuam na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a possível tentativa de golpe nas sedes dos Três Poderes, em Brasília. A CLDF tinha a intenção de obter detalhes das apurações relacionadas aos atos de vandalismo.
Dentre os documentos pedidos pela CPI, os parlamentares solicitaram inquéritos, oitivas, laudos, relatórios e imagens de circuitos internos e externos, mesmo que estivessem sob sigilo. Na decisão, Morais justifica que a documentação se relaciona às investigações sigilosas e ainda em andamento.
Além de solicitar os registros, os distritais também pediram ao ministro que autorizasse a ida de alguns deles ao presídio para visitar presos envolvidos no ataque antidemocrático. Sobre isso, Moraes determinou que o presidente da Comissão, deputado Chico Vigilante (PT), esclareça quem seriam os distritais que fariam a visita e com qual objetivo.
Até o momento, a única autorização concedida pelo STF foi a liberação do ex-comandante de Operações da Polícia Militar do DF (PMDF), Jorge Eduardo Naime. O investigado pode prestar depoimento na condição de investigado, porém com direito ao silêncio.