Nos últimos 10 anos, as mortes no trânsito em vias do Distrito Federal reduziram em mais da metade. De acordo com levantamento do Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF), 111 pessoas morreram em acidentes nas pistas de Brasília, no primeiro trimestre de 2014. Já nos três primeiros meses de 2023, foram 47 mortes.

Conforme o balanço, os números abrangem motoristas, passageiros, motociclistas, ciclistas e pedestres. As rodovias distritais tiveram a maior parte das vítimas fatais: 25. Em seguida, aparecem as BRs, com 14 mortes. Foram 28 nas vias urbanas.

O estudo revela que, nos três primeiros meses deste ano, 4 ciclistas morreram nas vias do DF. O que representa o número menor que no ano passado, quando foram 9 mortes entre janeiro e março. Outra queda foi nas mortes de motociclistas: 23 em 2022 e 15.

As mortes de pedestres também caíram. Em 2022, foram 14 vítimas fatais. Em 2023, 11. É o menor número desde 2014.

Os números podem e devem diminuir ainda mais, conforme a doutora em transportes Adriana Modesto enfatiza. “Aquelas campanhas educativas, eu entendo que há necessidade que elas sejam monitoradas e avaliadas, no que diz respeito à sua efetividade”.

Ela ainda ressalta que, caso elas não estejam atendendo ao esperado, devem ser ajustadas de modo que a gente possa conseguir alcançar um trânsito menos hostil, sobretudo para o ciclista e para o pedestre”.

Além disso, ela também defende a criação de mais condições para que ciclistas possam trafegar com segurança. “É importante destacar que Brasília lida ainda com alguns aspectos residuais de uma cidade que foi pensada para os carros. Então, além de a gente fomentar um panorama que favoreça o uso da bicicleta”.

Para a doutora, é preciso haver um sistema cicloviário com iluminação, além de rigor na fiscalização e campanhas de conscientização que contemplem todos os usuários.