A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) realizou sessão solene nesta segunda-feira (2) com objetivo de celebrar o Dia Nacional do Idoso. O evento teve origem em requerimento da deputada Jaqueline Silva (MDB).

A distrital iniciou afirmando que as definições tomadas na CLDF influenciam a vida das pessoas. “Quero agradecer a oportunidade de estarmos aqui na Casa do Povo, casa que precisa ser ocupada por todos nós porque é aqui que aprovamos leis, conseguimos viabilizar projetos que conseguem mudar a nossa realidade. Vocês aceitaram e estão aqui conosco nesta segunda-feira tendo esse momento de fazer com que o parlamento e o governo de forma geral represente, lute e valorize o pleito de todos vocês”, afirmou Jaqueline Silva.

A deputada também reafirmou seu compromisso com as políticas para a terceira idade.
 

 

“Nosso mandato, de uma forma muito cuidadosa e cautelosa, tem buscado políticas públicas para que a gente possa viabilizar o dia-a-dia de vocês. Eu dizia ao deputado José de Arimateia o quanto ainda estamos distantes do que precisamos oferecer às nossas pessoas idosas. Quando tenho essa oportunidade de estar com vocês, me recordo da infância. Fui criada pela minha mãe, mas morando na casa da minha avó. Minha avó tem uma grande contribuição no ser humano que sou hoje. Tudo que ela me ensinou foi um grande balizador para saber que uma pessoa, por mais humilde que seja, pode sim vencer e romper todos os desafios. Contem com nosso mandato para que possamos atrair política pública de valorização e reconhecimento para essas pessoas, que atualmente somam 12% da população do DF”, finalizou a deputada Jaqueline.

O deputado estadual da Bahia, José de Arimateia (Republicanos), em seu quinto mandato no legislativo baiano, também participou da solenidade e disse que as políticas públicas não estão sendo implantadas no seu estado.

“Pela primeira vez estou nesta Casa e vejo que vou levar para a Bahia a visão de que é muito importante investir e valorizar os idosos, assim como estão sendo valorizados aqui [pela deputada Jaqueline Silva]. Sempre defendi e abracei com toda força a causa do idoso. Hoje, estou como presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa. Aqui [o DF] está muito à frente da Bahia. Isso porque vejo políticas públicas, sendo aplicadas na vida da pessoa idosa. Quando assumi meu primeiro mandato [1999] vim a Brasília e constatei que na Bahia, um estado com 417 municípios, só 36 tinham o Conselho Municipal, e desses, apenas 10 criaram o fundo municipal para o idoso. Hoje temos 136 cidades com o conselho municipal do idoso e apenas 23 com o fundo municipal. Na saída do último governo estadual foi enviado para a Assembleia Legislativa o projeto de criação do Fundo Estadual para o Idoso, que hoje é uma realidade. Só com isso, já se percebe que as políticas públicas não estão sendo implantadas no meu estado”, contou o deputado estadual.

 

 

 

A coordenadora da Universidade do Envelhecer (Uniser) da Universidade de Brasília (UNB), Camila Alves Areda, falou sobre o trabalho realizado pelo projeto, que atualmente tem 11 polos.

“Já formamos mais de 1.400 alunos. Começamos em 2015 com um curso de extensão de Educador Político-social em Gerentologia e evoluímos. Hoje, somos o maior projeto de extensão da UNB, chegando a 11 cidades-satélite de Brasília, inclusive a Santa Maria e pretendemos ampliar para o Gama, com o apoio da deputada Jaqueline Silva. Ensinamos e empoderamos idosos que já tiveram oportunidade de concluir cursos de nível superior e também aqueles que sequer puderam ser alfabetizado. Vejo na prática, o quanto nossos alunos saem diferenciados, com um olhar muito acolhedor para tudo que vão enfrentar na área da saúde. Durante a pandemia, ensinamos nossos idosos a usar a tecnologia e conseguimos três ciclos com turmas que iniciaram e terminaram on line. A gente tem ainda o projeto Tecnogeronto, que aplica a tecnologia de gamificação para ensinar a prevenção de diversas doenças, os cuidados para evitar o agravo e a evolução das doenças crônicas. O que precisamos, em termos de política pública, é replicar para outros locais os projetos que já funcionam”, disse Camila.

Por sua vez, Dagma Aparecida Marcelina, representando o deputado Martins Machado, presidente da Frente Parlamentar do Idoso da CLDF, disse que o parlamentar tem um olhar atento às causas da pessoa idosa. “Quando analisamos as pirâmides etárias, percebemos que a população está envelhecendo. Diante disso, daqui a alguns anos, não precisaremos mais de tantas creches e escolas, mas sim de investimento em hospitais, previdência, saúde e, principalmente, na qualidade de vida dos nossos idosos. Por isso, é necessário ter um olhar atento e [trabalhar para] o desenvolvimento de políticas públicas que visem o combate à violência e que priorizem o idoso. Pensando nisso, o deputado Martins Machado tem se reunido constantemente com a sociedade civil para ouvir e solucionar os problemas dos nossos idosos”, afirmou Dagma.

 

 

A solenidade teve ainda a participação da contadora de histórias Niedja Genara. “Ser idoso não é ser inválido, não é perder a voz, não é deixar de ter sonhos, é ter muito para ensinar. Receber o mesmo carinho e cuidado que deu durante a vida. É saber que faltam as forças, mas nunca a sabedoria. É desfrutar o tempo, fazer o que gosta, estando perto de quem se ama para se sentir feliz e amado”, disse a contadora em parte de sua apresentação.

Fonte: Agência CLDF