As juntas de dilatação já são vistas em quase metade do boulevard do Túnel de Taguatinga. Os recortes, feitos na pista exclusiva para ônibus, são usados para evitar rachaduras no revestimento de concreto. As fendas foram executadas em uma área de aproximadamente 3.325 m² do pavimento que vai da Avenida Comercial até a Estrada Parque Taguatinga (EPTG). O serviço ainda precisa avançar em 4.731 m² para ser concluído.
Os recortes, de aproximadamente 0,5 cm de espessura, são abertos a cada 5 m. Mas as juntas de dilatação não se limitam a rasgos na pista. Para que funcionem de maneira eficiente, elas passam por um tratamento dividido em três etapas. A primeira delas é dedicada à limpeza – jatos de ar que livram as fendas de qualquer pedrinhas, poeira e pequenas sujeiras.
“O resíduo, além de não ter a flexibilidade necessária para deixar o concreto trabalhar, permite a entrada de água nos recortes, provocando infiltrações”, explica Antônio Carlos Ribeiro Silva, engenheiro civil da Secretaria de Obras e Infraestrutura. “Com as juntas de dilatação limpas, passamos para a instalação do limitador de profundidade.”
A fita roliça, feita com uma espécie de espuma, determina o tamanho da fenda e evita que ela fique muito profunda. Por último, um polímero plástico é aplicado no recorte. O composto químico tem dupla função: além de vedar a entrada de água na fenda, permite o trabalho do pavimento rígido que reveste a pista.
“O concreto está sujeito a pequenos movimentos de expansão e retração provocados pela variação de temperatura”, explica Renes Cândido, engenheiro de Planejamento. “No caso da pista do boulevard, há ainda a pressão provocada pelo peso dos veículos que vão trafegar sobre o revestimento.”