Seja para o lazer, seja para cuidar da saúde, os brasilienses apreciam andar de bicicleta. O Distrito Federal conta com 636,89 km de ciclovias instaladas em 28 regiões administrativas (RAs). O aporte direto na mobilidade sustentável, desde 2019, é superior a R$ 27,1 milhões – montante referente a todas as ciclovias construídas pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER).
O incentivo consagrou Brasília como a segunda cidade do país com maior extensão cicloviária, atrás apenas de São Paulo, que tem 699,2 km. Ainda este ano, será publicado o edital de licitação para a criação de mais 105 km de ciclovias em diversas cidades, fazendo a interligação dos trechos já existentes.
“É importante aumentar a oferta dessa estrutura viária e fazer a conexão das diversas vias já existentes”, afirma o secretário de Mobilidade, Flávio Murilo Oliveira. “Nesse sentido, podemos destacar a ciclofaixa que deverá ser implantada na Rodoviária do Plano Piloto, projeto que já debatemos em audiência pública para aprimorar os estudos. A demanda pelo modal cicloviário tem crescido muito no DF, e nós reconhecemos a sua importância para a mobilidade urbana, tanto para quem realiza deslocamentos em grandes distâncias quanto para quem utiliza a bicicleta combinando com o transporte público coletivo.”
O Plano Piloto é a região com o maior número de pistas para bicicletas: 138.071 km. Em segundo lugar está o Lago Sul, 55.710 km. Em segunda, aparecem Park Way (51.177 km), Lago Norte (35.138 km), Santa Maria (34.634), Ceilândia (34.073) e Gama (31.536).
No começo deste mês, tiveram início as obras da ciclovia que vai ligar o Núcleo Bandeirante à Candangolândia, com aproximadamente 1,5 km de extensão, em via paralela à marginal sul da Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB). O investimento é de R$ 600 mil. Outra ciclovia de 5,2 km de extensão está em construção no bairro Altiplano, no Jardim Botânico, com aporte de mais de R$ 11 milhões.
O superintendente de Obras do DER, Cristiano Cavalcante, lembra que toda implantação e pavimentação de rodovias inclui a criação de ciclovias no projeto, conforme previsto na legislação distrital. “Trata-se de um modal bastante atual – ajuda na mobilidade da cidade, pois, quanto mais ciclistas, menor é o número de veículos nas vias”, explica.
O DER, relata ele, empreende estudos para a construção de novos trechos para ligação da malha. “Queremos ligar as regiões administrativas ao centro de Brasília, para que o ciclista tenha a possibilidade de sair de Brazlândia e chegar a Sobradinho sem interrupção do trajeto, sem ter que circular pelas pistas de rolamento, diminuindo os riscos de acidentes e aumentando a mobilidade da cidade”, detalha.
Dê um rolê!
Quem não tem sua “magrela” em casa pode alugar uma com o sistema compartilhado da empresa Tembici, em operação no DF desde outubro de 2021. São 70 estações espalhadas pelas asas Sul e Norte (incluindo a região da UnB) e Sudoeste, com mais de 500 bikes disponíveis. Em um ano de atividade, já foram registradas mais de 300 mil viagens. Os pontos mais disputados são as estruturas do Parque da Cidade, em frente ao Setor de Rádio e TV e próximo ao Eixo Cultural Ibero-americano (antiga Funarte), no Eixo Monumental,.
O aluguel varia de R$ 5,50, para uma viagem única avulsa de até 30 minutos, a R$ 180 – pacote anual que dá direito a até cinco viagens diárias de até uma hora. Há ainda os planos mensal, no valor de R$ 30, e diário, por R$ 15, que incluem também cinco viagens por dia de até uma hora. Mais informações podem ser obtidas neste link.
Fonte: Agência Brasília