O Zoológico de Brasília permanece com os portões fechados há mais de um mês devido à detecção de dois casos de gripe aviária em aves encontradas no local. Desde então, não há previsão oficial para a retomada das visitas públicas.

A interdição foi iniciada em 28 de maio, após a morte de um irerê e um pombo — aves silvestres que circulavam nas imediações do parque. O diagnóstico confirmou infecção pelo vírus H5N1 em uma das aves, o que levou à suspensão imediata das atividades como medida preventiva.

No entanto, dias depois, um novo alerta foi acionado: um emu, ave exótica integrante do plantel do próprio zoológico, apresentou sintomas compatíveis com a gripe aviária. O animal foi sacrificado e exames laboratoriais confirmaram a presença do vírus em 16 de junho.

Apesar de não haver novos registros da doença desde então, a reabertura do espaço ainda depende de autorização da Secretaria de Agricultura do Distrito Federal (Seagri-DF). Em nota oficial, a pasta informou que a presença de aves migratórias na região ainda demanda monitoramento intensivo e impede a liberação do local.

“Ainda existem aves migratórias na área, o que exige atenção redobrada por parte da nossa equipe técnica”, informou a Seagri-DF. “O monitoramento continua, e a reabertura só ocorrerá quando for seguro para animais, visitantes e servidores.”

A gripe aviária, ou influenza aviária, é uma enfermidade viral que afeta principalmente aves, mas que também pode ser transmitida a humanos, embora esse risco seja considerado baixo. Entre os sintomas mais comuns em aves estão alterações neurológicas, secreções nasais, dificuldade respiratória e morte súbita.

Enquanto o local permanece fechado, a direção do zoológico solicita apoio do Governo do Distrito Federal para ajudar ambulantes afetados economicamente pela suspensão das visitas, por meio da doação de cestas básicas.

A expectativa é de que o parque só volte a funcionar quando for totalmente descartado qualquer risco de contaminação, o que dependerá da evolução do cenário epidemiológico local.