Em um dia de movimentos contraditórios no mercado financeiro, a bolsa de valores fechou no maior valor em três meses. Depois de dois dias de queda, o dólar subiu para R$ 5,13.

O Ibovespa, índice da B3 (bolsa de valores brasileira), fechou o dia aos 93.829 pontos, com alta de 0,89%. O índice alternou altas e baixas ao longo da manhã, mas subiu durante a tarde. O indicador está no nível mais alto desde 6 de março, quando estava em 97.996 pontos.

O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (4) vendido a R$ 5,132, com alta de R$ 0,045 (0,89%). A moeda teve picos de valorização ao longo do dia, mas consolidou a alta nas horas finais de negociação. Na máxima do dia, por volta das 11h, encostou em R$ 5,14.

O Banco Central (BC) interveio pouco no câmbio. A autoridade monetária ofertou até US$ 620 milhões para rolar (renovar) contratos de swap cambial – venda de dólares no mercado futuro – que venceriam em julho.

O euro comercial fechou o dia vendido a R$ 5,816, com alta de 2,25%, impulsionado pela decisão do Banco Central Europeu de ampliar o programa de estímulos de 750 bilhões para 1,350 trilhões de euros. A libra comercial subiu 1,28% e terminou a sessão vendida a R$ 6,452.

Exterior

No exterior, também houve oscilações. O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, fechou a quinta-feira com alta de 0,045%, depois de passar boa parte do dia no negativo. Os investidores aproveitaram para embolsar os ganhos de ontem (3) e venderam ações.

Há várias semanas, mercados financeiros em todo o planeta atravessam um período de nervosismo por causa da recessão global provocada pelo agravamento da pandemia do novo coronavírus. Nos últimos dias, os investimentos têm oscilado entre possíveis ganhos com o relaxamento de restrições em vários países da Europa e em regiões dos Estados Unidos e contratempos no combate à doença.

No Brasil, o mercado refletiu as tensões políticas internas e a divulgação de indicadores econômicos que mostram o impacto da crise. As instituições financeiras pesquisadas pelo boletim Focus, do Banco Central, preveem queda de 6,25% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2020.