Em um dia de nervosismo no mercado financeiro, o dólar teve forte alta e zerou as perdas do ano, influenciado por fatores domésticos e externos. A bolsa de valores caiu e fechou no menor nível desde o fim de maio.
O dólar comercial encerrou esta terça-feira (6) vendido a R$ 5,209, com alta de R$ 0,121 (+2,39%). A cotação subiu durante toda a sessão, fechando próxima dos valores máximos do dia.
Em alta pela sexta sessão seguida, o dólar teve a maior valorização para um dia desde 18 de setembro do ano passado, quando subiu 2,79%. A divisa acumula alta de 4,74% em julho e registra valorização de 0,38% em 2021.
No mercado de ações, o dia também foi marcado pela tensão. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 125.095 pontos, com recuo de 1,44%. O indicador está no menor nível desde 27 de maio e acumula perda de 1,34% em julho.
Diversos fatores pressionaram o mercado nesta terça-feira. A escalada de casos de covid-19 provocados pela variante delta do novo coronavírus levou pessimismo ao mercado. Paralelamente, os investidores aguardam a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve o Banco Central dos Estados Unidos, prevista para amanhã (7), para terem um indicativo de quando a autoridade monetária começará a retirar os estímulos para a maior economia do planeta.
Um impasse na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) aumentou o nervosismo no mercado externo. A reunião da Opep foi cancelada por falta de acordo entre os membros em relação ao preço do petróleo. No Brasil, as tensões políticas e a divulgação de que a produção industrial caiu em maio influenciaram as negociações.
*Com informações da Reuters