Pela primeira vez em formato online, por causa da pandemia de covid-10, começou hoje (9) e vai até domingo (11)  a 27ª edição do Encontro Nacional de Empresas Juniores (Enej). Cerca de 7 mil jovens participam do evento, considerado o maior do empreendedorismo universitário.

Realizado pela Confederação Brasileira de Empresas Juniores (Brasil Júnior), o encontro já ultrapassou o número de inscritos no ano passado (6 mil), quando foi realizado em Gramado, Rio Grande do Sul

O objetivo é conectar os empresários juniores de todo o país, potencializar sua mensagem e garantir que o segmento permaneça alinhado e mais forte, para conseguir mais resultados rumo a seu propósito, que é o Brasil Empreendedor, disse hoje (9) à Agência Brasil a presidente executiva da Brasil Júnior, Ana Beatriz Cesa. A ideia é capacitar os jovens para que se tornem cada vez mais comprometidos com a causa “e capazes de transformar o Brasil”, completou.

Atualmente, existem no Brasil 1.239 empresas juniores e 23 mil empresários jovens com esse perfil em mais de 210 universidades. Ana Beatriz destaca que essas iniciativas estudantis têm crescido muito nos últimos anos. “No final de 2016, eram 300 empresas juniores e, hoje, são 1.239, “Todo ano nascem novas empresas.”

Autônomas

Ana Beatriz ressalta que todas as empresas juniores estão dentro das universidades, fazem parte das instituições, mas são autônomas. “São iniciativas dos alunos que fundam essas empresas, mas as pessoas que estão nelas mudam seguidamente”. A cada seis meses é realizado um processo seletivo, entram novos jovens e saem outros.

“Nossa missão é formar, por meio da vivência empresarial, empreendedores comprometidos e capazes de mudar o país”, diz a presidente executiva da Brasil Júnior.

Os projetos idealizados pelas empresas juniores já movimentaram R$ 70 milhões na economia nacional. Os recursos são revertidos integralmente na educação empreendedora dos estudantes. Para este ano, a expectativa era gerar R$ 75 milhões mas, por causa da pandemia, caiu para R$ 43 milhões, dos quais as empresas universitárias já somaram R$ 36 milhões.

Diferença

As empresas juniores têm Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e pagam impostos, como as empresas normais. A diferença é que o trabalho dos estudantes é voluntário. “Cobramos pelos projetos e reinvestimos o dinheiro todo na ação empreendedora doses alunos”, disse Ana Beatriz.

A confederação tem como mantenedoras algumas das principais empresas instaladas no Brasil, como Nestlé, Ambev, Natura, Azul e Bradesco, que participam também do encontro anual das empresas juniores por meio de palestras, cursos e experiências. Nesta edição, será realizado um evento paralelo, o Empreende Natal, que visa aproximar o conhecimento dos empresários juniores dos empreendedores do Rio Grande do Norte, para o crescimento econômico local.

As inscrições para o 27º Enej continuam abertas. Após o encerramento do encontro, o conteúdo ficará disponível para acesso por mais três dias. São palestras, cases e workshops simultâneos apresentados em formato de programa de televisão, com temas sobre autoconhecimento, liderança, vendas, engajamento de time, gerenciamento de projetos, metodologias ágeis, inspiração, inovação e impacto.

Para participar, adquirir ingresso ou obter mais informações, é preciso acessar o site do Enej 2020.