O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, afirmou hoje (15) que o presidente Jair Bolsonaro é um parceiro da agenda de reformas propostas pela equipe econômica. Na avaliação de Sachsida, entretanto, o presidente não quer que discussões internas tornem-se públicas.
Hoje, Bolsonaro disse que o governo não vai suspender reajustes das aposentadorias e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) – auxílio pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda – para garantir recursos para o programa Renda Brasil que estava em estudo pela equipe econômica para suceder o Bolsa Família. O presidente descartou a criação do programa Renda Brasil até 2022 e disse que vai manter o Bolsa Família.
Em entrevista a um portal de notícias, o secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, afirmou que a equipe econômica avaliava mudanças no seguro-desemprego e o congelamento de aposentadorias e pensões para viabilizar o novo programa.
Hoje, em entrevista coletiva para apresentar projeções para a economia, Sachsida disse que Bolsonaro “é um parceiro na agenda de reformas pró-mercado”. “Nós fomos eleitos com essa pauta, você olha o grande apoio que o ministro Paulo Guedes tem nessa pauta e nós estamos avançando”, disse, ao ser questionado sobre a decisão do presidente.
“O que me parece que o presidente Bolsonaro coloca, corretamente, é que as discussões não podem ser públicas. Você não pode ficar lançando ideias publicamente, acho que foi isso que ele deixou claro”, disse.
Sachsida citou várias reformas propostas pelo governo como a da Previdência, a nova lei de falências e o envio da reforma administrativa, como exemplos. “Este é um governo reformista”, destacou.