O Catar tem enfrentado críticas sem precedentes desde que ganhou o direito de sediar a Copa do Mundo de 2022, algumas das quais são calúnias, disse o emir do Catar, xeque Tamim bin Hamad al-Thani, nesta terça-feira (25).
“Inicialmente, lidamos com o assunto de boa fé”, afirmou o xeque Tamim em um discurso político televisionado, acrescentando que algumas das críticas iniciais foram construtivas.
Mas, disse ele, uma campanha contra o Catar se expandiu para “incluir invenções e padrões duplos que foram tão ferozes que infelizmente levaram muitas pessoas a questionar as verdadeiras razões e motivos por trás da campanha”.
O Catar, primeiro país do Oriente Médio a sediar a Copa do Mundo, foi alvo de intensas críticas internacionais por seu tratamento a trabalhadores estrangeiros e leis sociais restritivas.
O emir discursou em uma sessão do Conselho Shura do Estado do Golfo Árabe, enquanto Doha se prepara para sediar o principal evento global do futebol, que começa em 20 de novembro.
O Catar espera 1,2 milhão de visitantes durante o torneio, criando um desafio logístico e policial sem precedentes para o pequeno Estado do Golfo Árabe.
Tamim disse que sediar a Copa do Mundo é “um grande teste para um país do tamanho do Catar”.
Doha introduziu reformas, incluindo regras para proteger os trabalhadores do calor e um salário mínimo mensal de 275 dólares (o equivalente a R$ 1.454) , e diz que continua a desenvolver seu sistema de trabalho.
Os trabalhadores estrangeiros representam 85% da população de cerca de 3 milhões do Catar, que está entre os maiores produtores de gás natural do mundo e uma das nações mais ricas per capita.
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